Páginas

domingo, 23 de maio de 2010

Miltinho – Miltinho é Samba (RGE – 1961).

Miltinho

                   Download aqui

Link reativado em 02/04/15

      Mais samba de qualidade aquí no Blog Cultura Cabesound. Dessa vez, abro espaço para um dos mais importantes intérpretes de todos os tempos: Miltinho.
     A biografia a seguir foi retirada do site http://cifrantiga.wordpress.com/, resume bem a carreira deste que atualmente ainda se encontra em atividade, mesmo do alto dos seus 82 anos de idade e quase 70 de carreira:
     “Miltinho (Milton Santos de Almeida), cantor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 31/1/1928. Começou a carreira artística na década de 1940, integrando o conjunto vocal Cancioneiros do Luar. O conjunto, de início amador e formado por estudantes, participou do programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Depois, já profissional, atuou no programa Escada de Jacó, na mesma emissora. Em 1946, com outros integrantes do Cancioneiros do Luar, Nanai (Arnaldo Humberto de Medeiros) e Chicão (Francisco Guimarães Coimbra), integrou a segunda formação do conjunto Namorados da Lua, como cantor e pandeirista. No ano seguinte gravou com o conjunto o samba DE CONVERSA EM CONVERSA (Haroldo Barbosa e Lúcio Alves), na Victor, acompanhando a cantora Isaura Garcia. Com a saída de Lúcio Alves, o grupo passou a se chamar Os Namorados, desfazendo-se pouco tempo depois.
     Em 1948, com Nanai e Chicão, integrou o conjunto Anjos do Inferno, que viajou pelos EUA, apresentando-se ao lado de Carmen Miranda; atuou também por dois anos no México, no programa radiofônico Coisas e Aspectos do Brasil.
     Em 1952 integrou, como cantor e pandeirista, o conjunto Quatro Ases e um Curinga, substituindo André Vieira. Foi também crooner da Orquestra Tabajara de Severino Araújo e por 1953 passou a crooner do conjunto Milionários do Ritmo, de Djalma Ferreira, com o qual se apresentou nas boates Monte Carlo, do Hotel Plaza, no Rio de Janeiro, e depois na Drink, de Djalma Ferreira, época em que alcançou grande sucesso. Gravou com o conjunto, na etiqueta Drink, Recado (Djalma Ferreira e Luís Antônio), Mulher de Trinta (Luís Antônio), Zé Marmita (Luís Antônio e Brasinha) e Devaneio (Djalma Ferreira e Luís Antônio). Fez também, com os Milionários do Ritmo, temporada na TV Continental, do Rio de Janeiro. Recebeu então convite para gravar como cantor solista na gravadora Sideral, lançando em 1960 o LP Um novo astro, com Mulher de trinta, Eu e o Rio (Luis Antônio), Murmúrio (Djalma Ferreira e Luís Antônio) e Ri (Luís Antônio).
     Com a falência da gravadora, foi contratado pela RGE, gravando em 1961 o LP Miltinho é samba, com Só vou de mulher (Haroldo Barbosa e Luis Reis). No ano seguinte lançou o LP Poema do Olhar, com a faixa-título de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, e Meu nome é ninguém (Haroldo Barbosa e Luís Reis). Em 1963 lançou os LPs Poema do adeus, com a faixa-título de Luis Antônio e Palhaçada (Haroldo Barbosa e Luis Reis), e Eu… Miltinho, com o Samba do crioulo (Miguel Gustavo); em 1964 Os grandes sucessos de Miltinho, com Mulata Assanhada (Ataulfo Alves) e regravações, e também o LP Miltinho, bossa e balanço. No ano seguinte gravou o LP Poema do fim, faixa-título de Eduardo Damas e Manuel Paixão, e Miltinho ao vivo, com diversos pot-pourris.
     Em 1966 transferiu se para a Odeon, onde gravou, em dupla com Elza Soares, quatro volumes da série Elza, Miltinho e samba, e outros quatro em dupla com Dóris Monteiro, da série Dóris, Miltinho e charme, além dos LPs Samba + samba = Miltinho, 1966; As mulheres de Miltinho, 1968; Samba & Cia., 1969; Miltinho e a seresta, 1970; Novo recado, com o grande sucesso Samba do Leblon (Luís Reis), 1971; Miltinho, com Esperanças perdidas (Eduardo Souto Neto e Geraldo Carneiro), 1973; e Miltinho, com  Retalhos de cetim (Benito di Paula), 1974.
     Em 1997 a gravadora Globo/Columbia lançou o CD Miltinho sempre sucessos, em que canta em dueto com outros artistas: Mulher de trinta, com João Nogueira; Menina-moça, com Luís Melodia; Lembranças, com João Bosco; Notícia de jornal, com Chico Buarque; Palhaçada, com Elza Soares etc.”
     Gravou participações na série de CD’s CASA DE SAMBA, da Universal Music, em duetos com Zizi Possi e Ed Motta e em 2007 fez uma participação especialíssima no CD/DVD “Acústico MTV – Gafieira”, de Zeca Pagodinho.
     O disco que apresento é “Miltinho é Samba”, de 1961. Contém além de outras faixas magistrais, a divertida Só vou de mulher e o grande sucesso Lembranças. Miltinho foi acompanhado nesse disco pela Orquestra e Conjunto RGE, com arranjos e direção de Ruben “Pocho” Perez e Nelsinho. Ouça o disco e veja se vc consegue ficar parado com os sambas swingados contidos aquí… Miltinho também é é mestre interpretando sambas-canção. Mais um presente do Blog Cultura Cabesound!!!
 
Músicas:
 
Lado 1 :
01- Poema das mãos (Luis Antonio)
02- Só vou de mulher (Haroldo Barbosa – Luis Reis)
03- Lamento Bebop (Haroldo Barbosa – Luis Reis)
04- O tema é solidão (Edison Borges – Hianto de Almeida)
05- O velho e a moça (Haroldo Barbosa – Luis Reis)
06- Saudade fique comigo (Cyro Monteiro)
 
Lado 2:
01- Babá de mulher (Haroldo Barbosa – Luis Reis)
02- Lembranças (Raul Sampaio – Benil Santos)
03- Chorando, chorando (Edison Borges – Armando Cavalcanti)
04- Nós dois a sós (Miguel Gustavo)
05- Um dono só (Luis Roberto – Silvério Netto)
06- Que sabe você de mim (Fernando Cesar – Britinho)
 

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Perry Como, com Mitchell Ayres e sua Orquestra – Correio Musical (RCA Victor – 1957).

We get letters

              Download aqui

Link atualizado em 03/04/15

     Apresento aquí no Blog CULTURA CABESOUND mais um disco de Perry Como, fabuloso cantor Ítalo-Americano: o hoje raro no Brasil CORREIO MUSICAL, que no exterior foi lançado com o título original WE GET LETTERS.
     O disco nada mais é do que uma seleção de canções solicitadas pelo público através de cartas endereçadas ao programa de variedades que Como apresentava na TV na época, ele as interpretava ao vivo fazendo o deleite principalmente do público feminino, o que não quer dizer que deixava de agradar ao público em geral, já que sua voz e carisma conquistava a todos.
     Reproduzo aquí o texto original da contra-capa do LP:
     “CORREIO MUSICAL, ou seja, este primeiro lançamento RCA VICTOR de Perry Como em Longa Duração no Brasil, foi inspirado num show de TV estrelado por este aplaudido artista, perante o qual Perry canta alguns números solicitados por seus admiradores (garotas particularmente), na semana anterior.
     As canções contidas no presente álbum constituem um apanhado de tais solicitações. O estilo interpretativo de Perry Como é aquí apoiado por suave e fluente acompanhamento fornecido por um contingente da orquestra de Mitchell Ayres, o qual foi apelidado durante as sessões de gravação “Como’s Little Combo” (Pequeno Conjunto de Como).”
     Então, está aquí uma JÓIA MUSICAL para deleite dos amigos da CULTURA CABESOUND, que com certeza sabem apreciar a boa música!!!

Músicas:

Lado 1:
01- Swinging down the lane (Gus Kahn – Ishan Jones). Trompete: Mel Davis
02- It’s easy to remember - Do filme da Paramount “Mississippi” (Richard Rodgers – Lorenz Hart)
03- South of the border (Jimmy Kennedy – Michael Carr)
04- That’s what i like (Axton – Reeves)
05- Honey, honey (Larry Stock – Dominick Belline)
06- Angry (Merritt & Henry Brunies – Jules Cassard – Dudley Mecum) – Sax tenor: Abraham Richman

Lado 2:
01- They can’t take that away from me – Do filme da MGM “Ciúme, Sinal de Amor” (George & Ira Gershwin)
02- S’posin’ (Paul Denniker – Andy Razaf)
03- I had the craziest dream – Do filme da Fox “Springtime in The Rockies” (Mack Gordon – Harry Warren)
04- "’Deed i do (Walter Hirsch – Fred Rose)
05- Somebody loves me (Macdonald – De Sylva – Gershwin)
06- Sleepy time gal (J.R. Alden – Raymond B. Egan – A. Lorenzo – R.A. Whiting)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Carioca Swings The Delphin Jr. Orchestra Plays – Dance… Dance… Dance… (IEM/Imperial – 1961).

Dance

              Download aqui

Link atualizado em 04/04/15

     Para os admiradores da boa música instrumental, o Blog Cultura Cabesound abre espaço nesse momento para um dos mais importantes maestros brasileiros: Ivan Paulo da Silva, mais conhecido como CARIOCA.
     A biografia a seguir faz parte do Dicionário Cravo Albin de Música Brasileira ( http://www.dicionariompb.com.br/). Vamos à ela:
    
     “ Ivan Paulo da Silva nasceu em Taubaté, SP, em 19 de dezembro de 1910.  Começou a carreira artística em 1938, no Rio de Janeiro atuando como "trombone hot" na orquestra de Fon-Fon. Anos depois fundou na Rádio Nacional a Orquestra All Stars a qual passou a dirigir a partir de 1945. Escreveu arranjos e dirigiu inúmeras gravações em diversas gravadoras, entre as quais, a RCA Victor, a Rádio e a Musidisc. Em 1943, estreou na Rádio Nacional com sua orquestra, passando depois a atuar na Rádio Tupi. Em 1944, escreveu o prefixo para o noticioso Repórter Esso apresentado na Rádio Nacional pelo locutor Heron Domingues. Esse prefixo era executado pelo próprio maestro no trombone, Luciano Perrone na bateria, e Francisco Sergi e Marino Pissiani nos pistons. Foi durante anos integrante da Orquestra da Rádio Nacional. Ainda na Rádio Nacional fez duelo de trombones com o maestro norte americano Tommy Dorsey quando da visita deste ao Brasil. Contratado pela gravadora Odeon em 1945, acompanhou com sua orquestra a gravação da valsa "Minha crença", de Horondino Silva e Del Loro, e do samba "Tudo é possível", de Cícero Nunes e Aldo Cabral, na voz de Orlando Silva. Gravou com sua orquestra em 1947, os choros "Nenê" e "Tenebroso", de Ernesto Nazareth. Em 1948, acompanhou na Continental o cantor Nilo Sérgio na gravação do fox-trot "Beguin the beguine", de Cole Porter, e do fox "Je vous aime", de S. Coslow; e a cantora Dircinha Batista na gravação do sambas "Icaraí", de Célio Ferreira e Raimundo Flores, e "Humilhação", de Peterpan. Em 1949, gravou com sua orquestra os choros "Pintassilgo apaixonado", de Lina Pesce; "Gostosão", de Mário Amorim, e "Apanhei-te cavaquinho", de Ernesto Nazareth, e o samba "Linda flor", de Henrique Vogeler. Ainda em 1949, gravou com sua orquestra e o grupo vocal Garotos da Lua e a cantora Safira o bolero "Um pouquinho de amor", deJ. Gutirres, e o fox "O mar (Le mer)", de C. Trenet, ambas com versos de Haroldo Barbosa. Ainda no mesmo ano, acompanhou com sua orquestra na Odeon a cantora Dircinha Batista na gravação do bolero "Fica comigo", de Mário Rossi e Marino Pinto; dos sambas "Minha saudade", de Pernambuco e Marino Pinto, e "Café requentado", de Marino Pinto e Mário Rossi; do samba-canção "Seremos três", de Cristóvão de Alencar e Valdemar de Abreu, o Dunga; e da marcha "Charrete macia" e da batucada "A coroa do rei", as duas últimas de Haroldo Lobo e David Nasser. Ainda em 1949, acompanhou com sua orquestra na Star o cantor Onéssimo Gomes na gravação dos sambas "Violão", de Vitório Junior e Wilson Ferreira, e "Enfermeira", de Edgar Nunes e Zeca do Pandeiro. Em 1950, gravou em ritmo de samba com arranjos seus, a canção "Casinha pequenina", de domínio público, e o choro "Zangado", de José Toledo;  com sua orquestra e vocal de Dircinha Batista, o samba "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso, e o choro "Recordar é viver", de Freire Jr. No mesmo ano, gravou ainda os choros "Limoeiro do norte", de Porfírio Costa, e "Escalando", de Cipó. Para o carnaval de 1951, gravou os frevos "Zezinho no frevo", de Geraldo Medeiros, e "Pois sim", de Guio de Moraes. Ainda em 1951, gravou com sua orquestra e vocal de Jamelão a canção "Casinha da colina", de Luiz Peixoto e Pedro de Sá Pereira, adaptada em ritmo de choro, e o choro "Voltei ao meu lugar", de sua autoria. Gravou ainda no mesmo ano, a batucada "Cai, cai", de Roberto Martins, o choro "Maria Madalena", de Porfírio Costa, e os frevos "Prova de fogo", de Geraldo Medeiros, e "Vou ficar em Pernambuco", de Genival Macedo, este último com vocal de Alcides Gerardi. Gravou também os choros "Cambucá", de Pascoal Barros, e "Lágrimas de virgem", de Luiz Americano, que contaram com solos de sax-tenor do Maestro Cipó. Ingressou depois na gravadora Sinter onde registrou com sua orquestra a guarânia "Índia", de José A. Flores e O. Guerrero, em arranjo para samba, e o samba "Nem eu", de Dorival Caymmi. Em 1953, acompanhou com sua orquestra na Sinter o cantor Jamelão na gravação dos sambas "Seu deputado", de Átila Nunes e Alcebíades Nogueira, "Voltei ao meu lugar", de sua autoria e Del Loro, e "A cegonha mandou", de João Mabiel, e do choro "Alta noite", de Astor Silva e Del Loro. Em 1954, gravou com sua Orquestra o mambo "Maria Candelária", de sua autoria e J. Sandoval, e o choro "Vamos com calma", de sua autoria. No mesmo ano, acompanhou com seu conjunto ao grupo Garotos da Lua na gravação da valsa "O homem do trapézio", de O' Keefe e R. Sinatra, com versão de Haroldo Baroso, e do samba "Feitiço da Vila", de Noel Rosa e Vadico. Em 1955, gravou com Sua Orquestra o "Mambo do turfe", de Getúlio Macedo e Oscar Maneck,e o baião "Que amargura", de A. Pernas, A. Cetinic e Juvenal Fernandes. Em 1956, participou do LP "Vamos dançar - Vol. 1" do selo Fantasia/Philips, uma coletânea de fonogramas da gravadora Sinter/Philips e que incluiu duas gravações de sua orquestra: "Maria Candelária", de sua autoria e J. Sandoval, com vocal de El Cubanito, e "Mambo do turfe", de Getúlio Macedo e Oscar Maneck. Contratado pelo selo Rádio lançou em 1958 o LP "Orquestra de baile - Carioca e Sua Orquestra" interpretando sucessos da música popular brasileira como "Samba no Arpege", de Waldir Calmon; "Apito no samba", de Luis Bandeira; "Pinguinho de gente", de Altamiro Carrilho; "Torcida organizada", de Gordurinha; "Não troquemos de mal", de Rubens Leal Brito e Jorge Faraj; "Conversa de botequim", de Noel Rosa e Vadico; "Joãozinho Boa Pinta", de Haroldo Barbosa e Geraldo Jacques, e "Ginga das palmas", de sua autoria, além dos clássicos internacionais "Alexander's Ragtime Band", de Irving Berling; "Bernardine", de J. Mercer; "I had the craziest dream", de H. Warren e M. Gordon, e "Fascinação", de F. D. Marchetti. No mesmo ano, e também pelo selo Rádio lançou o LP "Choros - Carioca e Sua Orquestra de Baile" interpretando clássicos do repertório do choro: "Um a zero", de Pixinguinha e Benedito Lacerda; "Paraquedista", de José Leocádio; "Um passeio à tarde", de sua autoria; "Murmurando", de Fon-Fon; "Numa seresta", de Luis Americano; "Bem-te-vi atrevido", de Lina Pesce; "André de sapato novo", de André Victor Correia; "O xameguinho dela", de Porfírio Costa; "Fica entre nós", de Geraldo Medeiros, e "Sonoroso", de K-Ximbinho. Ainda em 1958, e também pelo selo Rádio, lançou um terceiro LP, este destinado ao repertório carnavalesco intitulado "O carnaval que eu brinquei - Carioca e Sua Orquestra" e que incluiu as marchas carnavalescas "Marchinha do grande galo", de Lamartine Babo e Paulo Barbosa; "Lourinha lourinha", de João de Barro; "Allah-la-ô", de Haroldo Lobo e Antônio Nássara;  "Meu consolo é você", de Antônio Nássara e Roberto Martins; "O bonde de São Januário", de Ataulfo Alves e Wilson Batista; "Cai cai", de Roberto Martins; "A casta Suzana", de Ary Barroso e Alcyr Pires Vermelho; "Querido Adão", de Benedito Lacerda e Osvaldo Santiago, e "Deixa a lua sossegada", de Alberto Ribeiro e João de Barro, além dos sambas "Vai haver barulho no chatô", de Noel Rosa e Walfrido Silva;  "Agora é cinza", de Alcebíades Barcelos, o "Bide" e Armando "Marçal", e "Despedida de Mangueira", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral.  Por essa época, gravou com sua orquestra pelo selo Repertório uma série de quatro sambas intitulados de "Ginga nº1", "Ginga nº2", "Ginga nº3" e "Ginga nº4", todas de sua autoria. Gravou também, pelo selo Doni os sambas "Ginga nº 5" e "Tereza me deixa", ambos de sua autoria. Ainda em 1958, participou de duas coletâneas pelo selo Repertório, "Apaixonadamente", com a música "Ginga das palmas", e "Bar de melodias", com a "Ginga Nº 2", ambas de sua autoria. Contratado pela RCA Victor lançou em 1960, o LP "Clássicos no samba - Carioca e Sua Orquestra" no qual doze temas clássicos foram interpretados em ritmo de samba: "Num mercado persa", de Ketelbey; "Mon coeur s'ouvre à ta voix (De "Sansão e Dalila")", de Saint-Saens; "Concerto em lá menor", de Grieg; "Concerto Nº 2", de Rachmaninoff; "Dança da fada açucarada (Da "Suíte Quebra Nozes")", de Tchaikovsky; "Mattinata", de Leoncavallo; "Dança das horas (De "A Gioconda")", de Ponchielli; "Melodia em fá", de A. Rubinstein; "Andante cantabile" e "Concerto Nº 1", de Tchaikovsky; "Dança Hungara Nº 5", de Brahms, e "Narcissus", de E. Nevin. Em 1961, lançou pelo selo Musidisc o LP "Sambas em brasa - Carioca e Sua Orquestra de Metais", disco que seria relançado em 1971, pela gravadora Continental, e que incluiu os sambas "Samba em brasa" e "Ginga Nº 7", de sua autoria; "Mulata assanhada", de Ataulfo Alves; "Nunca mais" e "Parti", de Ed Lincoln e Silvio César; "Amanhã eu vou" e "História", de Nilo Sergio; "Três horas da manhã", de J. Robledo; "O barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; "Samba toff", de Orlann Divo e Roberto Jorge; "Pergunte ao João", de Helena Silvia e Milton Costa, e "Ondas do Danúbio", de Ivanovici. Por essa mesma época, lançou o LP "Dance... Dance... Dance... - Carioca Swings - The Delphin Jr. Orchestra Plays", pelo selo Imperial/Odeon, onde utilizando pseudônimo gravou clássicos norte americanos como "Blue moon", de R. Rodgers e L. Hart; "Sentimental journey", de Broen e Homer; "All the way", de S. Canh e J. Van Heusen; "Love me or leave me", de W. Donaldson e G. Kahn; "Love is a many splendored thing", de S. Faln e Paul Francis Webster, "Night and day", de Cole Porter, e "Summertime", de George Gershwin e D. Heyward, entre outros. Por volta de 1962, passou a atuar na Rádio Mayrink Veiga. Atuou ainda na Rádio Clube do Brasil. Também atuou nas TVs Tupi e Excelsior. Ainda em 1962, lançou o LP "Chá-chá-chá explosivo - Carioca and His Cuban Percussion Orchestra", disco no qual interpretou em ritmo de chá chá chá, coqueluche da época, sucessos daquele momento como "O terceiro homem", de A. Karas e W. Lord; "Limelight", de Charles Chaplin; "Stranger in paradise", de R. Wright e G. Forrest; "Las secretárias", de P. Luis; "Temptation", de N. H. Brown e A. Freed; "Mona Lisa", de Jay Livingston e R. Evans; "El Bodeguero", de E. R. Egues; "Me lo dijo Adela", de O. Portal; "Again", de L. Newman e D. Cochran; "Rum and Coca-cola", de M. Amsterdan; "Chá-chá-chá Nº 5", de J. Loco, e "Alexander's Ragtime Band", de Irving Berlin. Em 1963, gravou pelo selo Imperial/Odeon o LP "Samba... Ôba! - Orquestra Regida por Carioca" no qual foram interpretados os sambas "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; "Chora cavaquinho", de Dunga; "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso; "Agora é cinza", de Alcebíades Barcelos "Bide" e Armando "Marçal"; "O orvalho vem caindo", de Noel Rosa e Kid Pepe; "Se acaso você chegasse", de  Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins; "Boato", de João Roberto Kelly; "Cheiro de saudade", de Djalma Ferreira e Luis Antônio; "Samba de uma nota só", de Tom Jobim e Newton Mendonça; "Nega", de Waldemar Gomes e Afonso Teixeira; "Desafinado", de Tom Jobim e Newton Mendonça, e "Não tenho lágrimas", de Max Bulhões e Milton de Oliveira. No mesmo ano, gravou com sua orquestra o LP "Bossa nova on fire - Carioca And His Orchestra" com as músicas "Ginga Nº 7" e "Samba em brasa", de sua autoria; "Nunca mais" e " Parti", de Ed Lincoln e Silvio César; "O barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; "História" e "Amanhã eu vou", de Nilo Sergio; "Pergunte ao João", de Helena Silvia e Milton Costa; "Samba toff", de Orlann Divo e Roberto Jorge, e "Mulata assanhada", de Ataulfo Alves. Em 1964, lançou pela RGE o LP "Maestro Carioca & Orquestra Guanabara - Rio Quatrocentão" com composições alusivas à cidade do Rio de Janeiro então comemorando seu quarto centenário de fundação. Fizeram parte desse disco as composições "Cidade Maravilhosa", de André Filho; "Copacabana", de João de Barro e Alberto Ribeiro; "Rio eterna capital" e "Rio quatrocentão", de Raul Sampaio e Benil Santos; "Rio de Janeiro quatrocentão" e "Samba do IV centenário", de Claribalte Passos; "Valsa de uma cidade", de Ismael Netto e Antônio Maria; "Morro de Santa Tereza", de Herivelto Martins; "Noites cariocas", de Osvaldo Borba e N. Vanderley; "Rio", de Ary Barroso; "Rio antigo", de Altamiro Carrilho, e "Menino do Rio", de Orlann Divo e Roberto Jorge. Em 1969, gravou pelo selo Equipe o LP "A música dos 4 grandes e Maestro Carioca" disco feito em homenagem a Ary Barroso, Noel Rosa, Wilson Batista e Ataulfo Alves e que reuniu os clássicos "Na Baixa do Sapateiro"; "Folha morta", e " Morena boca de ouro", de Ary Barroso; "Atire a primeira pedra", com Mário Lago, "Na cadência do samba", com Paulo Gesta, e "Pai Joaquim da Angola", essas três de Ataulfo Alves; "Mundo de zinco", com Antônio Nássara; "Emília", com Haroldo Lobo, e "Lenço no pescoço", de Wilson Batista; e "Feitiço da Vila" e "Feitio de oração", com Vadico, e "Palpite infeliz", as três últimas de Noel Rosa. Em 1974, teve a música "Voltei ao meu lugar" gravada por Raul de Barros no LP "Brasil, trombone", do selo Marcus Pereira. Teve participação marcante na Rádio Nacional, além de ter atuado em outras Rádios como Tupi e Mayrink Veiga e Tvs como Tupi e Excelsior. Gravou mais de quinze discos de 78 rpm e mais de dez LPs pelas gravadoras Odeon, Rádio e RGE. Um de seus trabalhos mais notáveis é ter tornado possível a criação das famosas calçadas musicais do Bairro de Vila Izabel, Rio de Janeiro, em homenagem ao poeta Noel Rosa. Faleceu no Rio de Janeiro, em 11 de abril de 1991.”
     No disco que apresento aquí, a maravilhosa orquestra do maestro Carioca executa com maestria ímpar clássicos da música americana tradicional, com arranjos jazzisticos dançantes que não ficam devendo nada às grandes orquestras do mundo na época. O título do disco já diz tudo: Dance… Dance… Dance… É com certeza a sensação que se tem ao ouvir tão belas melodias!!!

Músicas:

Lado 1:
01- Blue moon (Richard Rodgers – Lorenz Hart)
02- Sentimental Journey (Brown – Homer)
03- All the way (Sammy Cahn – James Van Heusen)
04- Love me or leave me (Walter Donaldson – Gus Kahn)
05- Love is a many splendored thing (Sammy Fain – Paul Francis Webster)
06- This can’t be love (Richard Rodgers – Lorenz Hart)

Lado 2:
01- S’ Wonderful (George & Ira Gershwin)
02- Night and day (Cole Porter)
03- Summertime (George Gershwin – Dubose Heyward)
04- Blues in the night (Arien – Mercer)
05- Love letters (Victor Young – Edward Heyman)
06- Flamingo (Grouya – Anderson)
    

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Waldir Calmon e seu conjunto – Feito para dançar nº 1 (Long Play Rádio – 1953)

Wc
    
              Download aqui

Link atualizado em 31/03/15

     Esse não foi um disco qualquer: Esse foi o primeiro disco popular editado em 12 polegadas (LP) no Brasil. Foi também o primeiro dos doze discos da série “FEITO PARA DANÇAR”, um sucesso fenomenal nos anos 50. O grande pianista Waldir Calmon empresta toda a sua categoria em músicas do quilate de A SAUDADE MATA A GENTE e LIMELIGHT, apenas para citar dois exemplos. Mais uma vez agradeço à família Calmon, representada por Márcia Calmon, por me autorizar a compartilhar a obra musical do grande Waldir Calmon – o melhor pianista brasileiro de todos os tempos -  com os amigos do blog Cultura Cabesound. Postagem histórica!!!

Músicas:

Lado 1
Sistema nervoso (W. Baptista – R. Roberti – A. Marques Jr) / A saudade mata a gente (Antonio Almeida – João de Barro) / Cada noche un amor (A. Lara) / Cancion del mar (A. Lara) / Limelight (Charles Chaplin) / Dancing in the dark (Schwartz – Dletz) / In the still of the night (Cole Porter).

Lado 2
01- Fui longe (Eddie Mandarino)
02- Luar (Malagute)
03- Barriquinha (Edgardi Cavalcanti)
04- Esquecendo o tempo (Waldir Calmon)
05- Sincopando


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ataulfo Alves – Meu samba… Minha vida (CBD/Phillips – 1962)

ataulfoalvescapaus4

                      Download aqui

Link reativado em 29/03/2015

     Dessa vez, o blog Cultura Cabesound abre espaço para aquele que é, sem dúvida alguma, o "mestre" do samba: Ataulfo Alves.
     Nascido em 2 de maio de 1909 em Miraí, MG, Ataulfo Alves de Sousa aos 8 anos de idade já fazia versos. Aos 10 anos começou a trabalhar para ajudar no sustento da família, por causa da morte de seu pai. Fez de tudo um pouco: foi leiteiro, condutor de bois, carregador de malas na estação, menino de recados, marceneiro, engraxate e lavrador, mesmo assim não abandonou os estudos. Aos 18 anos, se mudou para o RJ, aceitando o convite do Dr. Afrânio Moreira Resende, médico de Miraí, que fixaria residência na cidade. Durante o dia, Ataulfo trabalhava no consultório como uma espécie de Office-Boy e, a noite, fazia limpeza e outros serviços domésticos na casa do médico. Vendo que aquilo não era o tipo de vida em que gostaria de levar, procurou novos rumos e conseguiu uma vaga de lavador de vidros na Farmácia e Drogaria do Povo. Não demorou muito para que seu esforço e dedicação ao trabalho fossem recompensados: Tornou-se prático de farmácia. Já tendo aprendido a tocar violão, cavaquinho e bandolim passou a frequentar as rodas de samba organizadas no bairro onde morava: Rio Comprido. Formou seu primeiro conjunto musical, para animar as festas do bairro.
     Em 1928, com apenas 19 anos e já casado, Ataulfo começou a compor os seus primeiros sambas e tornou-se diretor de harmonia do bloco carnavalesco Fale Quem Quiser. Em 1933, Bide, que já tinha alguns sucessos gravados, ouviu algumas composições de Ataulfo no Rio Comprido, e o apresentou a Mr. Evans, diretor americano da gravadora Victor. "Sexta-feira", gravada por Almirante, é a primeira composição de Ataulfo a ser lançada em disco. Dias depois, a "Pequena Notável" Carmen Miranda, conhecida de Ataulfo da época em que ela ainda nem pensava em cantar profissionalmente, gravou e lançou "Tempo perdido". Em 1935, Floriano Belham grava "Saudade do meu barracão", que se torna o primeiro sucesso popular de Ataulfo. O samba "Saudade dela", gravado em 1936 por Silvio Caldas deu ainda mais prestígio, mas foi a valsa "À você", parceria com Aldo Cabral, e o samba "Quanta tristeza", parceria com André Filho, ambos gravados por Carlos Galhardo em 1937, que fizeram o então compositor Ataulfo Alves se tornar definitivamente respeitado no meio artístico. A partir daí, vieram outras parcerias com Bide, Claudionor Cruz, João Bastos Filho e Wilson Batista, este último, parceiro nos Carnavais vitoriosos de 1940 e 1941 com "Oh!, seu Oscar" e "O Bonde de São Januário".
     Em 1938, Orlando Silva grava e lança o grande sucesso "Errei, erramos". Em 1941, Ataulfo se lança como intérprete, gravando seus sambas "Leva  meu samba" e "Alegria na casa de pobre", uma parceria com Abel Neto. Em 1942, quando passava por um momento financeiro turbulento, Ataulfo compôs "Ai, que saudades da Amélia", em parceria com Mário Lago, que muitos cantores famosos na época hesitaram em gravar. Sendo assim, o próprio Ataulfo gravou e lançou para o Carnaval do ano. Com acompanhamento do grupo Academia do Samba e a participação de Jacob do Bandolim na introdução, "Ai, que saudades da Amélia" se tornou um sucesso popular sem precedentes. Ataulfo e Mário Lago ainda lançaram "Atire a primeira pedra" para o Carnaval de 1944, outro grande sucesso, e em 1945 lançaram "Capacho" e "Pra que mais felicidade".
     Ataulfo então se sente definitivamente seguro para compor e ele mesmo interpretar seus sambas. Forma o grupo Ataulfo Alves e suas Pastoras, inicialmente composto por Olga, Marilu e Alda, e passam a se apresentar em rádios e shows pelo Brasil, com muito sucesso.
     "Fim de comédia" e "Errei, sim", gravadas por Dalva de Oliveira no início dos anos 50, marcam uma experiência bem-sucedida de Ataulfo ao compor canções de um gênero chamado de dor de cotovelo, que faziam muito sucesso nessa época. Em 1954, Ataulfo e as Pastoras participaram do show O Samba nasce no coração, realizado na boate Casablanca, ocasião em que apresentaram pela primeira vez o samba "Pois é...". O pintor Pancetti gostou muito desse samba e, inspirado nele, fez um quadro com o mesmo nome, fazendo questão de oferecer como um presente ao compositor. Ataulfo então Compôs em parceria com J. Batista "Lagoa serena", dedicando-a à Pancetti, que, novamente, o homenageou com a tela Lagoa serena. Lança em 1959 o LP "Ataulfo Alves e as Pastoras".
     Convidado por Humberto Teixeira, em 1961 participou junto com As Pastoras de uma caravana de divulgação da musica popular brasileira na Europa. Lá, Ataulfo apresentou "Mulata assanhada", composição própria e "Na cadência do samba", parceria com Paulo Gesta, que acabara de lançar, ambas composições se tornaram grandes sucessos. Retornou ao Brasil no mesmo ano e fundou a ATA (Ataulfo Alves Edições), tonando-se editor de suas musicas. Nessa mesma época, desligou-se de suas pastoras, formadas na ocasião por Nadir, Antonina, Geralda e Geraldina, passando a se apresentar sozinho, esporadicamente, pois vê sua saúde fraquejar aos poucos, devido ao surgimento de uma úlcera no duodeno.
     Lança em 1962 o LP "Meu samba... Minha Vida", em que regrava alguns de seus sucessos e apresenta novas composições. Depois de realizar em 1964 uma temporada no Top Club, do Rio de Janeiro, decidiu logo no ano seguinte passar o seu titulo de General do Samba para seu filho, Ataulfo Alves Júnior, talvez prevendo que a doença o fizesse interromper a carreira a qualquer momento. Em 1966, lança o LP "Eternamente Samba", nele, um emocionado Ataulfo Alves deixa para a posteridade a gravação onde "passa o bastão" para Ataulfo Jr, no pout-pourrí "Lenço branco"/"Destino da madeira". É desse mesmo LP o sucesso "Laranja madura".
     Em 1968, uma parceria inusitada com o jovem-guardista Carlos Imperial resulta em sua última composição de sucesso: "Você passa eu acho graça", gravada e lançada por Clara Nunes. Em decorrência do agravamento da úlcera, morreu após uma intervenção cirúrgica, no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1969, pouco antes de completar 60 anos de idade. Ataulfo amou acima de tudo as suas origens caboclas. Também por essa herança, foi o maior sambista negro da história da Música Popular Brasileira.
     O disco que apresento aquí primeiramente é "MEU SAMBA... MINHA VIDA", lançado em 1962. Esse disco é uma bela amostra de toda a arte do "mestre" Ataulfo Alves. Confira!!!
Direção Artística: Armando Pittigliani
Capa "layout": Paulo Breves
Foto: Mafra
Músicas
Lado 1
01- Na cadência do samba (Ataulfo Alves - Paulo Gesta)
02- Dá licença
03- Três em Um nº1:
* Vai, mas vai mesmo
* Se a saudade me apertar (Ataulfo Alves - J. de Castro)
* Se você não vai eu vou
04- O que que há?
05- Corda e caçamba
Lado 2
01- Três em Um nº2:
* Ai! Que saudades da Amélia (Ataulfo Alves - Mário Lago)
* Leva meu samba
* Atire a primeira pedra (Ataulfo Alves - Mário Lago)
02- Não tenho pressa
03- E o "Duque" não morreu
04- Reta final
05- Minha infância
Todas as músicas são de autoria de Ataulfo Alves, exceto as parcerias indicadas.