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terça-feira, 13 de julho de 2010

Paulo Moura (1933 – 2010)

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     Mais um grande músico brasileiro nos deixou. O blog Cultura Cabesound nesse instante presta uma homenagem ao “Mestre” PAULO MOURA.
     Paulo Gonçalves de Moura nasceu na cidade de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, no dia 17 de fevereiro de 1933. Com mais de meio século de carreira, o saxofonista, clarinetista, compositor, arranjador e maestro era considerado um dos maiores nomes da música brasileira. Músico popular e erudito, jazzman, compositor, maestro e arranjador, orientador de grandes músicos brasileiros, professor no Brasil e no exterior, este eclético clarinetista e saxofonista já tocava desde cedo, com o pai, Pedro Gonçalves de Moura, mestre da banda de sua cidade natal. Aos nove, Paulo começou a estudar o piano e com treze já estava tocando na banda do pai dele em festas e bailes. Mudou para o Rio junto com a família; aos dezoito anos começou os estudos na Faculdade Nacional de Música. Completando o curso, continuou estudando teoria, harmonia e contraponto com o mestre Paulo Silva. Ele também estudou harmonia, contraponto e fuga com o maestro Guerra Peixe. Do lado da música popular, ele teve lições de arranjo com os maestros Moacir Santos e Cipó. Formou-se pela Escola Nacional de Música aos dezessete anos e foi contratado como primeiro clarinetista da Orquestra do Teatro Nacional, função que ocupou por muitos anos. Durante esse período gravou inúmeros discos e viajou com Ari Barroso para o México e URSS e lá regeu a Orquestra Sinfônica de Moscou.
     Apaixonado por jazz formou uma das primeiras bandas do gênero no país: A “Nova Orquestra de Jazz”. 
    Ele participou do histórico show de Bossa Nova no Carnegie Hall, em 1962, ao lado de Tom Jobim e Sérgio Mendes.
     Depois de formar seu conjunto em 1968 e gravar 5 ábuns representou o país, com sua  “Nova Orquestra de jazz no Festival de Arte Negra da Nigéria e consolidou sua carreira na Europa e EUA. Em 76 gravou a sua obra-prima, o LP "Confusão Urbana, Suburbana e Rural", que o levou, famoso, para o Japão, onde foi capa de revista e tocou durante 2 meses.
     Foi premiado com um Grammy pelo Melhor Álbum de Regional Brasileiro por “Pixinguinha” e o primeiro Grammy Latino pelo álbum “Tempos Felizes” que foi gravado no início de 2001.
     No fim da noite de segunda-feira, 12 de Julho, um câncer no sistema linfático (linfoma) levou o nosso grande músico para fazer um grandioso show da mais pura Música Popular Brasileira no céu, na companhia de Pixinguinha, Tom Jobim, Baden Powell, Waldir Calmon, Johnny Alf, Luiz Gonzaga e tantos outros grandes nomes.
     A arte de Paulo Moura agora é eterna. Descanse em paz, Mestre!!!

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