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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mais uma ausência forçada…

     À todos os meus amigos do Blog CULTURA CABESOUND, estou devendo minhas sinceras desculpas por mais um período longo de falta de novas postagens.
     Todos os discos que posto aqui, exceção feita ao disco de Ronnie Von (A misteriosa luta…) são de minha própria coleção e, todos são cuidadosamente remasterizados para o formato digital por este que vos escreve. O primeiro computador que eu tinha e que comecei a usar para este trabalho teve a sua PLACA-MÃE queimada, era um computador não muito moderno, mas tinha memória RAM o suficiente para fazer as minhas postagens no Blog e os meus trabalhos de remasterização sem atropelos. Com a falta desta primeira máquina, passei a utilizar um computador POSITIVO FUTURA B17, modelo igual ao da foto abaixo:
Positivo Futura
    Este modelo de computador, com 256MB de memória RAM e HD de 40GB (que eu mesmo substituí por um HD de 160GB), que já se encontra a muito tempo fora do comércio, não é uma máquina ruim mas, está longe de ter a potência e a velocidade dos computadores atuais, que não saem das lojas com um mínimo de 2GB de memória RAM e 320GB de espaço de armazenagem de arquivos em HD. Mas, de qualquer forma, é este modelo de computador que estou usando e que desde o final de 2011 é a responsável pelos meus trabalhos em geral. Tenho que confessar que meus trabalhos de remasterização não foram afetados e, até apresentaram uma melhora na qualidade sonora em relação aos trabalhos mais antigos, aprendendo a usar novos plugins de áudio e estudando novas maneiras de usar os mesmos programas que eu usava no outro computador. Mas, no início desse mês, a PLACA DE SOM desta máquina resolveu literalmente me deixar “na mão”, ou seja, parou de funcionar, me impedindo assim de preparar novas postagens até este momento em que escrevo esta justificativa. Além disso tudo, a troca da internet de minha casa me impediu de postar homenagens à grandes artistas brasileiros, que nos deixaram órfãos de seus talentos culturais entre os meses de abril e maio. Nomes como JORGE GOULART, ADEMILDE FONSECA, CHICO ANYSIO, DICRÓ, JOÃO MINEIRO (da dupla com MARCIANO) e TINOCO (da dupla com TONICO) não tiveram as devidas postagens em nossa categoria SAUDADE, mas com certeza foram lembrados de coração por este que vos escreve e por todo o público brasileiro por toda a contribuição cultural que cada um desses nomes deram ao nosso país.
     Outra coisa que fiquei devendo foi uma postagem sobre a 5ª FEIRA DO VINIL DO RJ. Ao invés de postar fotos como nas vezes anteriores, gravei o evento em vídeo no meu celular. Todo o trabalho de conversão e edição desse vídeo para um formato que possa ser enviado para o meu canal no YOUTUBE e posteriormente exibido também aqui no Blog está em atraso devido a toda essa questão da pouca memória RAM do meu atual computador, mas espero dentro em breve estar mostrando esse trabalho aqui para vocês.
     Bom, como estou em vias de resolver esse atual problema com o áudio do computador espero muito em breve trazer novas postagens para o Blog CULTURA CABESOUND e, quem sabe, sem novas longas ausências como essa, pois o que mais gosto de fazer é compartilhar desse meu gosto musical com todos os meus amigos do Brasil e do mundo, incluindo você que nesse momento lê esse texto. Como diz a letra do samba de Sombrinha, Arlindo Cruz e Luiz Carlos da Vila: O SHOW TEM QUE CONTINUAR… e, se DEUS quiser continuará!!!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Pe. Zezinho SCJ – Histórias que eu conto e canto… músicas para quem medita (Edições Paulinas Discos – 1974)

Pe Zezinho 1974
                       Download aqui

Link reativado em 23/04/15
 
     A muito tempo que eu não fazia postagens de conteúdo cristão no BLOG CULTURA CABESOUND. Resolvi então fazer a primeira postagem voltada ao público católico, provando mais uma vez que existe espaço aqui para a música de todos os estilos e vertentes e, também para a música Cristã, seja ela Evangélica ou Católica. E a postagem de hoje é especialíssima, pois é um lp original de um dos líderes religiosos mais reconhecidos e respeitados no Brasil e no mundo e, considerado o pioneiro, dentro do Catolicismo, no uso da música e dos meios de comunicação como instrumentos de evangelização: Padre Zezinho.
     José Fernandes de Oliveira nasceu em Machado (MG) em 08 de junho de 1941. Filho de Fernando e Valdevina Oliveira, era o caçula de 6 irmãos. A família era simples, mas sempre soube transmitir os passos da fé, o respeito pelo trabalho, dedicação aos estudos e o gosto pela música. Sr Fernando, o pai, media terras, transportava o gado e nas horas vagas dedilhava canções em sua viola. E, foi em um desses transportes de gado que ele sofreu um acidente que o causou uma séria lesão na coluna, que o deixou paraplégico. Com a impossibilidade do patriarca da família trabalhar, as dívidas foram aumentando, o que causou a venda do pouco que a família possuia para quitar essas dívidas. A solução encontrada para solucionar os problemas financeiros foi a mudança para a cidade de Taubaté (SP), onde existia uma fábrica onde os três filhos mais velhos poderiam trabalhar para ajudar no sustento. A caridade de amigos e vizinhos também foi importante nesse período de dificuldades.
     Aos 7 anos, Zezinho se tornou Coroinha e aos 9 anos viu um de seus irmãos entrar para o seminário da Congregação do Sagrado Coração de Jesus (SCJ) em Taubaté. Cada vez mais a chama sacerdotal ia se acendendo na vida de Zezinho. Aconselhado pelo irmão, que voltou do seminário, Zezinho manteve firme sua vocação sacerdotal. Vários anos de formação intelectual se passaram, seja nos seminários de Lavras (MG) ou de Corupá (SC) e, ao contrário de muitos adolescentes que desistem da vocação por saudades da família, Zezinho seguiu firme a sua caminhada. A música também passou a ser companheira constante: ainda no seminário, aprendeu a tocar Órgão e aprimorou seus conhecimentos musicais com as aulas do Padre Germano Better, alemão de formação clássica, onde também aprendeu canto lírico. Sempre se enturmou com facilidade e, sempre mostrou uma postura de líder. Foi então se formando a faceta seminarista, pois tinha grande facilidade de comunicar-se com os mais jovens. Seus superiores decidiram então por enviar Zezinho aos EUA, onde pôde se aperfeiçoar na doutrina cristã durante 4 anos. Aos 25 anos, foi ordenado Padre.
     De volta ao Brasil, o já Padre Zezinho, SCJ, iniciou suas atividades pastorais na Paróquia São Judas Tadeu, no bairro do Jabaquara (SP), ao mesmo tempo em que começava a colocar em prática seus conhecimentos musicais escrevendo suas primeiras canções, com o intuito simplesmente de usá-las nas missas. Para atrair cada vez mais jovens para a igreja, Pe Zezinho fez uso da música e do teatro na igreja onde pastoreava. Não apenas atraiu os jovens, mas atraiu pessoas de outros bairros e cidades, mas também a ira de setores mais conservadores da igreja católica, mas, aos poucos essa “ira” foi se transformando em respeito e admiração. Nesse período, cerca de 14 mil jovens ficaram aos seus cuidados.
     Corria o ano de 1968 quando, numa dessas revolucionárias missas dominicais, onde Pe Zezinho cantava suas próprias canções, acompanhado além de violões, por guitarra elétrica e Teclados e, também pela sua já grande legião de seguidores fiéis, recebeu a visita de irmã Maria Nogueira, então Diretora das Edições Paulinas Discos. Lá ela pôde constatar que aquele jovem Padre, recém chegado dos EUA, tinha uma bela voz e compunha muito bem. Foi então, que em 1969, Pe Zezinho SCJ se tornou o primeiro padre a ter um disco gravado: o compacto  CANÇÃO DA AMIZADE. Foi a partir de então, que aquelas canções, feitas simplesmente para serem usadas nas missas dominicais, foram se tornando sucesso no país inteiro e também no mundo. A voz e a música de Pe Zezinho SCJ se tornaram referência e, são admiradas não apenas no meio católico, mas em todos os segmentos.
     Do fim dos anos 60 até a metade dos anos 70 o país vivia o período turbulento da Ditadura Militar, onde a censura em todos os meios de comunicação imperava. Nem o próprio Pe Zezinho ficou imune: várias de suas canções, com letras de protesto e politizadas, foram censuradas, nenhuma delas, entertanto, nunca deixaram de ser entoadas a plenos pulmões nas igrejas. Um dos lp’s de Pe Zezinho chegou a ter 11 de suas 12 canções censuradas. Pe Zezinho também passou um período exilado por 6 meses na Itália e na Espanha.
     Professor; Comunicador, com vários programas de rádio em sua trajetória; Escritor, com vários livros lançados em várias línguas e muitos se tornando verdadeiros BEST SELLERS; Principalmente, pioneiro dos Padres-Cantores, com centenas de discos lançados no Brasil e no Exterior, com milhões de cópias vendidas… esse é um resumo de toda a belíssima trajetória de vida e obra de Pe Zezinho SCJ, de 46 anos de Sacerdócio retratada aqui no BLOG CULTURA CABESOUND e, representada pelo lp HISTÓRIAS QUE CONTO E CANTO, lançado em 1974, que trouxe entre outras belas canções os clássicos da música cristã AMAR COMO JESUS AMOU e MARIA DE NAZARÉ. Um belo presente aos amigos, que gostam da boa música e que me dão a alegria da visita à essa humilde página.

Dados do disco:

Intérprete: Pe Zezinho SCJ e Coro
Participação Especial de: Marion
Letras e Músicas: Pe Zezinho SCJ
Arranjos: Maestro Wilson Mauro e Wilma Camargo
Direção Geral: C. Nogueira FSP.

Músicas:

Lado 1:
01- Distração
02- Balada por um velho amigo
03- De novo penso em Deus
04- Hoje é domingo
05- Jesus Cristo me deixou inquieto

Lado 2:
01- Amar como Jesus amou
02- Maria de Nazaré
03- Teoria
04- A juventude é uma semente
05- Balada por um reino