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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

The Playing's (RGE - 1958)


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     Fiz questão de que a última postagem de 2015 aqui do Blog CULTURA CABESOUND fosse de um disco bem raro e especial. Por isso escolhi esse THE PLAYING'S, lançado pela RGE em 1958.
     O grande sucesso do disco foi, sem sombra de dúvidas, LOVE ME FOREVER, que inclusive fez parte, dezoito anos após o lançamento, da trilha sonora internacional da novela global ESTÚPIDO CUPIDO. O lançamento da canção, primeiramente em um 78 RPM, fez com que o grande público pensasse se tratar de um novo grupo internacional. Mas, o próprio texto da contra-capa deste LP tratava de desvendar, sem nenhum pudor, a verdadeira identidade dos THE PLAYING'S. Esse texto eu reproduzo aqui agora:
     "Eis aqui um long-playing em grande moda neste trepidante ano de 1958, que está correndo em compasso musical de 2/4.
     Os rítmos quentes do calipso, do mambo, da rumba e do chá-chá-chá, manipulados pelos americanos do norte, com uma substancial porção de rock, dão-nos essa mistura de ritmos que positivamente não se pode definir. Acontece que o público adora esse coquetel de ritmos, principalmente o público jovem para quem certamente o disco é dirigido. E é exatamente esse público jovem que tem feito em todas as partes do mundo o sucesso da música popular do momento.
     O estrondoso sucesso nacional de LOVE ME FOREVER (um autêntico campeão dos hits parades americanos), contribuiram sem dúvida a magnífica interpretação dos THE PLAYING'S e a beleza da música.
    Antes de revelarmos quem são os PLAYING'S, vamos analisar algumas faixas deste LP. Como podem observar, em certas faixas encontramos um destaque maior das vozes femininas e em outras, são as vozes masculinas que se destacam. Os arranjos e a responsabilidade  das gravações couberam ao competente maestro SIMONETTI.
     Destacamos dois trabalhos de SIMONETTI neste long-playing, afora o LOVE ME FOREVER: Queremos nos referir ao CALIPSO ITALIANO que abre o lado A do disco e WITH ALL MY HEART. Principalmente neste último, a música toda trabalhada em contra-ponto, seguida igualmente de um rítmo absolutamente novo em que se ouve apenas um pandeiro, a bateria, o piano e o contra-baixo e a marcação das claves, o restante é efeito vocal. Fica assim patenteada a fabulosa capacidade de improvisação do artista brasileiro. Grava-se no Brasil música americana tão bem como nos Estados Unidos.
     E agora a revelação aguardada: Os PLAYING'S são artistas nacionais! Muitos discófilos já haviam descoberto algumas vozes, a maioria entretanto estava certa de que se tratava realmente de um conjunto americano.
     Pois bem, aqui vão os nomes dos PLAYING'S:
     O conjunto vocal masculino é composto desses fabulosos TITULARES DO RÍTMO. Em LOVE ME FOREVER, DIANA, MAYBE e TAMMY o coral feminino está a cargo de NILZA MIRANDA, WILMA CAMARGO  e CLÉLIA SIMONE. Nas faixas restantes cantam as IRMÃS GRANDILONE (WILMA, HAYDÉE e POLY).
     Tudo nacional, tudo verde e amarelo, tudo made in brazil."
     Futuramente estarei postando aqui no Blog uma biografia dos TITULARES DO RÍTMO, um dos maiores grupos vocais brasileiros de todos os tempos, composto apenas por vocalistas cegos. Por hoje, curtam esse ótimo presente de final de ano que o Blog CULTURA CABESOUND preparou para vocês, queridos amigos que sempre me dão a honra do seu prestígio. E, um feliz 2016 para todos!!!

Músicas

Lado 1:

01- CALIPSO ITALIANO (L.Monte - W. Merrell)
02- WITH ALL MY HEART (Marcucci - De Angelis)
03- BANANA SPLIT (Neal Heft - Steve Allen)
04- YOU SEND ME (L. C. Cook)
05- PLAYTHING (Samuel & Henry Underwood)
06- MAYBE (Casey - Goldner)  Solista: Nilza Miranda

Lado 2:

01- LOVE ME FOREVER (Guthrie - Lynes)
02- LOLLIPOP (Beverly Ross - Julius Kixon)
03- JO-ANN (John & Jones Cunningham)
04- I DO, I DO (Kaye - Laffos)
05- DIANA (Paul Anka)
06- TAMMY (Jay Livingston - Ray Evans).
    
    
      

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Selma Reis (Polygram/Philips - 1990) / * 24/08/1960 - + 19/12/2015


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     Na última sexta feira, dia 18 de dezembro de 2015, havia voltado a publicar no Blog depois de quase 2 meses de ausência, devido a um conserto necessário em meu equipamento de áudio, postagem essa que foi sobre Baby Consuelo e seu Lp P'ra enlouquecer. No dia seguinte, , as páginas da web noticiavam, para minha triste surpresa, o falecimento da grande intérprete SELMA REIS, que nos deixou precocemente aos 55 anos de idade vitimada por um câncer no cérebro, diagnosticado em julho de 2014. O corpo de SELMA REIS foi velado a partir das 13:30hrs e a cremação aconteceu as 15:00hrs desta segunda-feira (21/12), no cemitério Luterano, em Nova Friburgo, RJ. O BLOG CULTURA CABESOUND não poderia deixar de prestar uma singela homenagem à esta que foi uma das mais belas vozes da nossa música.
     SELMA REIS nasceu em 24 de agosto de 1960, em São Gonçalo, RJ. Desde muito pequena sempre mostrou admiração pelas grandes vozes da música popular brasileira e mostrava gosto musical muito apurado para uma criança de sua idade. Sempre acompanhava seus familiares às rodas de seresta promovidas na sua cidade. Apesar de muito tímida, um dia subiu em uma mesa na varanda da casa de sua avó e, como se estivesse em um palco começou a cantar AVE MARIA NO MORRO lindamente, deixando a quem ouviu admirado com a sua voz.
     Já adolescente, SELMA REIS, já aprovada para a faculdade de comunicação social, resolveu trancar a matrícula no meio do curso e viajar para o exterior, para conhecer novas culturas e viver novas experiências. Morou na França, cursando a faculdade de letras por 2 anos, mas queria mesmo se aprofundar nos conhecimentos musicais, assim fazendo com dedicação, pois seu sonho era ser cantora profissional.
     Aos 21 anos, SELMA REIS retorna ao Brasil com o objetivo definido de gravar o seu primeiro LP. E assim o fez em 1987, lançando de maneira independente um LP, com composições de Capinam, Sueli Costa e Geraldo Azevedo, entre outros, com acompanhamento ao piano de Eduardo Souto Neto, despertando positivamente a atenção da crítica especializada para o seu timbre de voz grave e poderoso, conquistando um público fiel desde então. 
     Em 1989 é contratada pela Polygram e, lança no ano seguinte outro LP. Sua voz passa a ser reconhecida no país inteiro graças a interpretação de O QUE É O AMOR, de autoria de Danilo Caymmi e Dudu Falcão, incluída na trilha sonora da minissérie global RIACHO DOCE.
     SELMA REIS nunca se apegou às exigências do sucesso fácil do mercado fonográfico, sempre primou por um repertório de muito boa qualidade e interpretações que fizeram a crítica especializada considerá-la uma das mais belas vozes da MPB. Atuou em musicais e também como atriz em minisséries e novelas, como PRESENÇA DE ANITTA, PÁGINAS DA VIDA e CAMINHO DAS ÍNDIAS, atualmente reapresentada no VALE A PENA VER DE NOVO, onde interpretou Matilde, mãe de Hamia (Fernanda Lacerda) e mulher do Dr.Castanho (Bertrand Duarte). 
     Em 2003 recebeu ao lado de CAUBY PEIXOTO o premio TIM de música popular brasileira, pelo belíssimo CD VOZES, gravado ao vivo. O último CD lançado por SELMA REIS foi A MINHA HOMENAGEM AO POETA DA VOZ, dedicado às composições de PAULO CESAR PINHEIRO, em 2009.
     O BLOG CULTURA CABESOUND apresenta aqui SELMA REIS, segundo LP de carreira e primeiro lançado por uma gravadora multinacional. Sua belíssima voz é aqui acompanhada por músicos do primeiríssimo time da música brasileira, como Wagner Tiso, Tavito, Mauro Senise, entre outros. O disco é uma bela amostra desta grande intérprete, que assim se auto definia: "Sou uma voz. E há um coração que bate dentro desta voz". Realmente, quando se canta com o coração, apenas belas melodias chegam aos nossos ouvidos e também aos nossos corações. Assim sempre será a voz de SELMA REIS. Descanse em paz!

Dados do disco:

Direção Artística: Mayrton Bahia
Concepção e Direção Musical: Selma Reis e Tavito Carvalho
Produzido por: Tavito Carvalho
Produção Executiva: Luiz Pereira (Lelé)
Técnico de Gravação e Mixagem Digital: Julinho
Auxiliares de Gravação: Marcos Vicente, Jorge Luiz "Super" e João Carlos
Masterização e Montagem Digital: Antonio Barroso
Corte Digital: José Antonio
Supervisão Técnica: Paulo Succar
Arregimentação: Barney "O grande"
Arranjadores: Wagner Tiso, Eduardo Souto Neto e Jota Moraes; Julinho Teixeira na faixa "Estrelas de outubro" e Ari Sperling na faixa "O que é o amor"
Capa:
Idealização, Projeto Gráfico e Fotografia: Loca Faria
Colaboração: José Luiz Pederneiras
Assistentes de Fotografia: Renato de Araújo e Marcos Monteiro
Produção: Mônica Girão
Maquiagem e Cabelo: Tê Nunes
Fotos do Encarte e Laboratório P&B: Clori Ferreira
Coordenação Gráfica: Arthur Fróes
Arte: Ayssa Bastos

Agradecimentos especiais à todas as pessoas que fizeram deste disco uma realidade.
Dedico este disco à Thiago, Maria Luiza, Silvina e Loca.

Músicas

Lado 1:

01- CHÃO BRASILEIRO (Wagner Tiso - Aldir Blanc) 
02- O QUILOMBO (Lenine)
03- ESTRELAS DE OUTUBRO (Paulo Debétio - Paulinho Rezende)
04- EMOÇÕES SUBURBANAS (Altay Veloso - Paulo Cesar Feital)
05- PORTO SANTO (Suely Costa - Paulo Cesar Pinheiro)

Lado 2:

01- MEU VENENO (Milton Nascimento - Ferreira Gullar)
02- OLIÚDI-FOX (Guinga - Aldir Blanc)
03- JABUTI, JATOBÁ (Sá & Guarabyra)
04- NINGUÉM VAI LEVAR VOCÊ DE MIM (João Bosco - Ronaldo Bastos)
05- O QUE É O AMOR (Danilo Caymmi - Dudu Falcão)
06- BAILARINA DO AR (Suely Costa - Paulo Cesar Feital). 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Baby Consuelo - P'ra enlouquecer (WEA/Atlantic - 1979)



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    Amigos do Blog CULTURA CABESOUND... Fiquei quase 2 meses sem publicar uma nova postagem pois meu equipamento de gravação de áudio precisou de uma manutenção. Mas hoje estou aqui de volta trazendo e retratando a carreira de uma das mais talentosas e carismáticas artistas que esse país viu nascer: BABY CONSUELO, hoje conhecida como BABY DO BRASIL.
     A belíssima biografia a seguir foi retirada da antiga página da artista na web: www.babydobrasil.com, que no momento está sendo reformulada e brevemente estará novamente no ar totalmente remodelada e com novidades para todos os fãs. Então, eis o texto:

     " Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade, nascida em 18 de julho de 1952, carioca de  Niterói, fugiu de casa ainda jovem e rumou para Bahia, para virar Baby. A nossa Baby! E lá estava em Salvador, sempre pronta para o que desse e viesse, e lá estava também o show “BARRA 69”, a despedida de Caetano e Gil do Brasil. Foi à aproximação para o guitarrista que estava no palco, Pepeu Gomes que com 17 anos já era um exímio guitarrista! Se Baby se encantou com Gil no palco foi com Pepeu que ela roubou um beijo.
     Com a falta de uma moradia para viver, Baby morou debaixo da ponte de Piatã. Mas a vida de Baby mudou ao encontrar com o grupo musical formado por Moraes Moreira, Galvão e Paulinho Boca de Cantor. Que gostaram de seu estilo carismático e já a encaminharam para ir ao show “O Desembarque dos Bichos Depois Do Dilúvio Universal”, no famoso Teatro Vila Velha. Baby na ocasião acabou sendo atriz na apresentação, e depois virou uma atriz apaixonada ao ver novamente Pepeu, foi a deixa para dali selarem o início de um namoro.
     O caminho mudaria de novo com Pepeu tendo que ir ao Rio a pedido de Gal Gosta, e Baby voltando também. Logo depois Moraes, Paulinho e Galvão aparecem em cena no Rio, Baby se enturmou mais e mais com os novos amigos músicos, e Moraes com um violão na mão pergunta se Baby saberia cantar. Ao ouvir Baby, Moraes se espanta e vê ali uma Janis Joplin (que na época, Baby desconhecia), estava ali o ingrediente que faltava para o grupo.
     Deixando de lado o nome Bernadete, por intervenção de Moraes que cantarolou "Baby Consuelo, sim. Por que não?", do filme "Meteorango Kid, Herói Intergalático", (do diretor André Luis Oliveira) Ela resolve adotar seu novo nome artístico BABY, que lembrava até mesmo as iniciais do nome de Brigitte Bardot, de quem Baby era fã. 
     Longe das famílias, morando todos juntos num apartamento alugado ainda no Rio, foram para São Paulo com contrato feito, lançando primeiramente o compacto seguido depois do 1º disco do grupo “É FERRO NA BONECA”. E a vida se seguiu, com o grupo unido, morando todos juntos em Jacarepaguá no chamado sítio “Cantinho do Vovô”, ali vivam, jogavam bola e faziam músicas, influenciados por uma visita de João Gilberto se organizaram e em 1972 lançaram a pérola da MPB chamada “ACABOU CHORARE”. Seguiram-se com discos e grandes títulos. Se a ditadura queria prende-los, abolindo todo aquele movimento hippie, de nada adiantava: a música, o país já era deles.
     Moraes deixa o grupo em 1974 e parte para uma sólida e satisfatória carreira solo. Os outros novos Baianos seguraram as pontas até o desfecho da vida do grupo com “FAROL DA BARRA” de 1978, ano que marcava também o lançamento primeiro disco solo de Baby.
    Baby e Pepeu foram às nuvens do sucesso, a década de 80 no Brasil praticamente foi tomada pela dupla. Com os dois tendo o grandioso sucesso inicial nos seus primeiros discos solos, participando e gravando em 1980 um disco no famoso Festival de Montreux, participando de trilhas de novelas, indo grávida de seu 5º filho ao Rock In Rio em 1985, sendo barrada na Disneylândia pelos cabelos coloridos, passando pela fase mística e defendendo o “RA´” de Thomas Green Norton, vestindo roupas excêntricas, tendo parcerias musicais com A Turma do Balão Mágico, fazendo especiais infantis e ganhando o carinho de toda a criançada, não importava a onda, Baby estava sempre no foco!
     Já com 6 filhos: Riroca (Que optou pra mudar o nome para Sarah Sheeva), Zabelê, Nãnashara, Pedro Baby, Krishna Baby e Kriptus-Rá. Enfrentaria agora a separação com Pepeu, após 18 anos de convívio. Cuidando dos filhinhos mais novos em casa, deixando para trás o palco e enfrentado novamente uma barra, Baby entraria para uma nova década, que já se iniciaria com a chegada de um novo amor: o guitarrista (sempre eles) e produtor chamado Nando Chagas. Já nos anos 90 e com os eixos no lugar, Baby grava novamente e se lança aos palcos. 
     Em 1994 parte para a Espanha para fazer o caminho de Santiago de Compostela. Em 1995 sai o livro “PEREGRINA – MEU CAMINHO NO CAMINHO” onde Baby retratou toda a sua passagem. E se tudo pedia por mudanças Baby já não era mais Baby Consuelo, Baby era agora Baby do Brasil! E após 8 anos juntos, Baby se separa de Nando Chagas.
    Em 1997 se junta novamente aos Novos Baianos para a realização do especial “INFINITO CIRCULAR”, sucesso absoluto de críticas. 
     A década de 90 foi regada a mais participações em trilhas de novelas, televisão e vários especiais. Saindo em 1997 mais um disco solo, flertando mais para o pop, o chamado “UM”.
    Baby entraria a nova década com novas mudanças, virou evangélica da Igreja Intercelular Sara Nossa Terra, convertendo-se no ano de 2000. Fundou o "Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome de Jesus" e passou a denominar-se como  Popstora. Baby passou a se dedicar a cultos evangélicos e, mantendo-se firme, também libera sempre seu lado secular. Atendendo a todos, é capaz de energizar todos com o gospel e do mesmo modo com Brasileirinho. Como nas apresentações clássicas que fez com Ademilde Fonseca e Elza Soarez em 2010. Baby é a essência de alegria para todos seus fãs. 
     Baby foi a primeira mulher a subir num trio elétrico no carnaval da Bahia ainda nos anos 70, foi de Janis Joplin a Elza Soares, de Jimi Hendrix a Waldir Azevedo, do jazz ao samba, da bossa nova ao rock, foi cósmica, foi telúrica, convertida, invertida! Misturou em seu caldeirão todas as possíveis influências musicais, transformando-os em canjas altamente brasileiras."
     Baby retornou às origens musicais em 2014 ao lado do filho Pedro Baby com o show BABY SUCESSOS - A MENINA AINDA DANÇA, que se tornou CD e DVD elogiadíssimos pela crítica especializada e, em setembro de 2015 voltou a se apresentar no Rock in Rio. O show do palco Sunset marcou o reencontro musical de Baby e Pepeu Gomes após vários anos, em uma apresentação histórica.
     Baby terá sempre seu nome marcado na galeria das grandes estrelas da nossa música. O Blog CULTURA CABESOUND não poderia deixar esse grande talento de fora e apresenta aqui o segundo e ótimo LP solo: P'RA ENLOUQUECER, lançado em 1979. A capa apresenta Baby em companhia dos filhos Sarah Sheeva, Zabelê, Nãnashara e Pedro Baby. O grande sucesso do disco foi sem dúvida MENINO DO RIO, composta por Caetano Veloso especialmente para Baby, música essa que se tornou o tema de abertura da novela global ÁGUA VIVA, mas todo o disco é carregado pelo swingue e carisma dessa grande intérprete, BABY CONSUELO, a grande BABY DO BRASIL!

Dados do disco:

Produzido por Guti
Direção de Produção: Guti
Direção Musical: Pepeu Gomes e Baby Consuelo
Estúdio de Gravação e Mixagem: Transamérica (RJ)
Arranjos: Pepeu Gomes
Técnicos de Gravação: Vitor Farias, Claudio Farias, Waldir, Toninho, Luis Carlos, Rafael Azulay
Auxiliares de Gravação: Rafael Azulay, Anibal Félix e Magro
Mixagem: Guti, Vitor Farias e Pepeu Gomes
Assistência Técnica: Edeltrudes Marques
Agradecimento Especial a Pedro Bloch
Foto Capa: Antonio Guerreiro
Foto Contra-Capa: Marcos Leite
Fotos Contra-Capa Interna: Paulo Vasconcellos, Marcos Leite e Antonio Guerreiro
Capa: Baby Consuelo
Coordenação de Capa: Leonardo Netto

Músicas

Lado 1:

01- ZIRIGUIDUM (Jadir de Castro)
02- MENINO DO RIO (Caetano Veloso)
03- LÁ VEM O BRASIL DESCENDO A LADEIRA (Pepeu Gomes - Moraes Moreira)
04- APANHEI-TE CAVAQUINHO (Ernesto Nazaré - Benedicto Lacerda - Ubaldo)
05- PAPO DE ANJO (Rita Lee - Roberto de Carvalho)
06- P'RA ENLOUQUECER (Pepeu Gomes - Baby Consuelo)

Lado 2:

01- É AMOR "IS THIS LOVE" (Bob Marley - Versão: Baby Consuelo)
02- RECEITA PRA SAMBAR (Luciano Alves - Pepeu Gomes - Baby Consuelo)
03- ASSANHADO (Jacob do Bandolim - Baby Consuelo)
04-  EU PENSO E PASSO (Moraes Moreira - Galvão - Pepeu Gomes)
05- VARINHA DE CONDÃO (Pepeu Gomes - Paranahansa Yogananda)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Santo Morales - É tempo de romance (3M do Brasil - 1987)


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     Depois do volume 3 da série BOLEROS CON AMOR, o Blog CULTURA CABESOUND apresenta mais um belíssimo disco de SANTO MORALES: É TEMPO DE ROMANCE, com vários dos maiores clássicos da música romântica brasileira. 
     Todo o disco foi gravado praticamente sem interrupção de faixas e dessa forma foi também remasterizado por mim para merecer essa postagem no Blog. Na época, o disco não fez muito sucesso comercial, mas tem seu grande valor, devido à sensibilidade e às grandes interpretações de Santo Morales, que aqui deixa de lado as canções latinas, para dar lugar à mais pura MPB. Mais um belíssimo presente que ofereço à todos os amigos do Blog CULTURA CABESOUND.

Dados do Disco

Direção Artística: Moacyr M. Machado
Coordenação Artística: Mickael
Estúdio de Gravação e Mixagem: RCA - SP
Técnicos de Gravação: Walter Lima, Claudio Goev e Pedro Fontanari
Mixado por:Walter Lima, Mickael e Santo Morales
Corte: José Oswaldo Martins, Paulo A.A. Torres e Orlando L. dos Santos
Foto: Walmir
Arte Final: WOM

Músicos Participantes

Baixo: Ivani
Bateria: Willian Caran
Piano: Evaldo A. Soares
Violão: Elias Almeida
Trombone: Bill
Sax/Flauta: Bolão e Demétrio
Trumpete: Manoel E. Santos, Sétimo Paioletti e Odésio Jericó
Vocal: Wilma Camargo, Marion Camargo, Maria A. de Souza, Roberto Espirito Santo e Santo Morales
Cordas
Violinos: Altamir T. Salinas, Alexandre Ramires, Lea Kalil Sadi, Helena Imasato, Rui R.G. Salles, Gianelli, Paulo Roberto Vieira e Mario Peotta
Viola: Glauco Imasato e Akira
Cello: Dalpina e Isidoro Cardoso
Repertório, Roteiro e Arranjos Vocais: Santo Morales
Arranjos e Regências: Daniel A. Salinas e Evaldo A. Soares
Arranjos de Base: Evaldo A. Soares
Produzido por: Mickael e Santo Morales

Músicas

Lado 1:

COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ (Gonzaga Jr) / EU E A BRISA (Johnny Alf) / SÁBADO EM COPACABANA (Dorival Caymmi - Carlos Guinle) / COPACABANA (João de Barro - Alberto Ribeiro) / O AMOR EM PAZ (Vinicius de Moraes - Antonio Carlos Jobim) / APELO (Vinicius de Moraes - Baden Powell) / NESTE MESMO LUGAR (Klecius Caldas - A. Cavalcante) / POR CAUSA DE VOCÊ (Antonio Carlos Jobim - Dolores Duran) / COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ (Gonzaga Jr) / OBA-LÁ-LÁ (João Gilberto).

Lado 2:

NOVA ILUSÃO (Luiz Bittencourt - José Menezes) / VOCÊ (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli) / PRA MACHUCAR MEU CORAÇÃO (Ary Barroso) / A FELICIDADE (Antonio Carlos Jobim - Vinicius de Moraes) / A NOITE DO MEU BEM (Dolores Duran) / CASTIGO (Dolores Duran) / CHOVE LÁ FORA (Tito Madi) / MOLAMBO (Jaime Florence - Augusto Mesquita) / COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ (Gonzaga Jr) / CHUVA DE PRATA (Ed Wilson - Ronaldo Bastos).

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Francisco José - Sucessos de Portugal N º 2 (CBD/Philips Minigroove - 1961)


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     Confirmando toda a admiração por FRANCISCO JOSÉ, esse grande intérprete que por tantos anos escolheu o Brasil como a sua segunda casa e que com a sua bela voz fez da música popular portuguesa tão célebre aqui no país, o Blog CULTURA CABESOUND trás para os amigos mais um capítulo da sua discografia brasileira: SUCESSOS DE PORTUGAL Nº 2, que foi lançado logo após o grande sucesso do primeiro volume, também já postado aqui no Blog.
      Reproduzo aqui o belíssimo texto da contra-capa, que infelizmente não possui créditos para o autor, mas que vale muito ser lido:

     " De Portugal vieram para nós as primeiras cantigas. No bojo dos navios de ontem, da boca de mil marinheiros aprendemos canções ternas, tristes e alegres. Esse vento que sempre soprou lá de longe, do mar que separa a terra dos nossos descobridores, não deixou nunca mais de nos mandar cantigas. E tem sido assim o tempo, num ir e vir de abraço desde aqueles tempos distantes até agora.
     Um cantor canta ali, bem na beira do Tejo, ou lá longe onde quer que esteja, nós aqui o escutamos com a mesma força, com a mesma beleza, sem perder sequer um verso ou uma rima.
     Nos seus braços a guitarra entrega acordes; a noite morna agasalha seu peito amante e o seresteiro das noites lusas caminha e caminha cantando. Mas o vento que o escuta nos trás a cantiga e na mesma hora, num instante mesmo a repetimos para o alto, para os céus, para o coração da bem amada ali pulsando ou numa ausência impossível.
     Quem nos chega agora perto com as cantigas mais inteiras, com a voz mais bela de Portugal é este cantor magnífico que aqui está: FRANCISCO JOSÉ. Ainda ontem gastava a noite ali na Lisboa velha, a trocar cantigas pelo vermelho do vinho nos lábios de uma mulher. Ainda ontem corria as vielas e os becos seduzidos pela luz antiga da janela que para ele espiava. E ele soltava versos e atirava cantigas. Depois o mar, ali bem perto o seduziu. E FRANCISCO JOSÉ está conosco, por empréstimo a Portugal que nada nos nega e, enquanto para nós repete os versos que querem dizer mundos de sua terra, carrega no peito a saudade enorme das coisas deixadas, que bem podem ser pequeninas coisas, mas que nunca se encontram vadias em todos os cantos.
     É o que há nesta gravação: Um mundo de lembranças revividas em música e versos na voz magnífica deste cantor de agora: O nosso FRANCISCO JOSÉ."
     Desde já peço desculpas por alguns chiados em algumas poucas faixas do disco original que não puderam ser eliminados na remasterização que fiz, mas em um todo o disco está aqui, em um trabalho feito com muito carinho para todos os admiradores desse inesquecível intérprete. Mais um grande presente do Blog CULTURA CABESOUND.

Direção musical de Carlos Monteiro de Souza e sua Orquestra.

Músicas

Lado 1:

01- QUERO E NÃO QUERO (Silva Tavares - Alberto Amaral)
02- O MEU ALENTEJO (João Camilo - Bento Antonio Caleiro)
03- DESPRENDIMENTO (J. Bragança - Luis Gomes)
04- AI! MOURARIA (Frederico Valério - Amadeu do Vale)
05- TU E SOMENTE TU (Alves Coelho Filho)
06- AO MENOS UMA VEZ (Alves Coelho Filho)

Lado 2:

01- MARIA MORENA (Francisco Radamanto - Casimiro Ramos)
02- LISBOA A NOITE (Carlos Dias - Fernando Santos)
03- PARADOXO (Alves Coelho Filho)
04- SABE-SE LÁ (Frederico Valério)
05- BOQUITA DE SONHO (J. Bragança - Luis Gomes)
06- ÚLTIMA CARTA (Acacio Gomes dos Santos - Domingos Gonçalves):

     

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Francisco Alves - Os grandes sucessos de Francisco Alves (RCA Camden - 1963)


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     Aquele que até hoje é reconhecido como o Rei da Voz tem seu espaço aqui no Blog CULTURA CABESOUND merecidamente: FRANCISCO ALVES, o CHICO VIOLA, o REI DA VOZ.


     Francisco de Morais Alves nasceu na região central do Rio de Janeiro, em 19 de agosto de 1898. Filho dos imigrantes portugueses José Alves, dono de um botequim e que tocava bombardino, e de Isabel Morais Alves. Foi o mais velho de outros 4 irmãos. Ainda adolescente, cantava nas ruas imitando seu ídolo Vicente Celestino e com os trocados que ganhava ajudava a família, que passava por sérios problemas financeiros. Foi também engraxate e operário de uma fábrica de chapéus.
     Sua irmã Lina, que a esta altura trabalhava como radioatriz sob pseudônimo de Nair Alves, lhe deu de presente um violão, e com ele Francisco aprendeu os primeiros acordes musicais e a partir de então alimentou o desejo de seguir carreira musical. Fez o primeiro teste com o maestro Antônio Lago, pai do ator e compostor Mário Lago. Mesmo aprovado nesse teste, resolveu aperfeiçoar seu talento tendo aulas de canto lírico com o barítono Sante Athos por um período de 3 meses. 
     Logo após, em 1918, iniciou carreira artística, atuando nas Companhias de teatro de João de Deus e Martins Chaves, e após, na Companhia de teatro São José, de propriedade de José Segreto. Paralelamente aos trabalhos como ator, Francisco ganhava a vida como motorista de praça, o que chamamos nos dias de hoje de taxista.
     Iniciou carreira fonográfica em 1919, por intermédio do compositor Sinhô, gravando 2 discos pela gravadora Popular, de propriedade de João Batista Lage, marido de Chiquinha Gonzaga. Três canções gravadas nesse período seriam destinadas para o carnaval de 1920. O PÉ DE ANJO, de autoria de Sinhô, foi considerado o primeiro sucesso de sua carreira musical.
     Entre 1920 e 1924 se dedicou apenas ao teatro, voltando à carreira fonográfica também em 1924, gravando pela Casa Edison, de propriedade de Fred Figner mais dois discos, o primeiro com as canções MIÚDO e CHAMAS DO CARNAVAL, ambas de autoria de Sebastião Santos Neves foram grandes sucessos carnavalesco daquele ano. O segundo, com NÃO ME PASSO PRA VOCÊ e MADEMOISELLE CINEMA, ambas de Freire Jr é uma relíquia praticamente esquecida, que nem os grandes colecionadores de discos 78 rpm possuem. 
     Em 1920 casou com Perpétua Guerra Tutoya, conhecida como Ceci. Mas o casamento durou apenas 1 semana, um casamento que o próprio Francisco Alves denominou com um "ato de loucura". Foi nesse período que Francisco recebeu o apelido de CHICO VIOLA, isso porque na companhia de teatro São José onde ele atuava havia uma moça que adorava ouvi-lo cantar e tocar violão. Só que, como haviam dois Chicos na companhia, sempre havia confusão quando a moça mandava o chamar. Então, para acabar com as confusões, ela passou a chamá-lo de Chico da Viola que depois ficou somente Chico Viola. A tal moça era Célia Zenatti, atriz e dançarina, com quem viveu por 28 anos, até o fim de sua vida.
     Francisco Alves passou mais um periodo apenas no teatro, mas em 1927 foi chamado novamente por Fred Figner, dono da Casa Edison, para novas gravações fonográficas, totalizando nesse período 11 discos e 20 músicas. O sucesso veio e Francisco Alves resolveu se dedicar a partir de então apenas à carreira musical. Também em 1927, é contratado pela Odeon.
     O sucesso se tornou tamanho e Francisco Alves se tornou conhecido como "O Midas da canção", pois ele tinha verdadeira intuição para escolher as composições que iria gravar e todas se tornavam sucesso na sua voz. Francisco Alves também era compositor, mas graças à essa "intuição", tornou sucesso composições de nomes que se tornariam célebres, tais como Lamartine Babo, Noel Rosa, Ary Barroso, João de Barro, Almirante, Castro Barbosa, entre outros grandes nomes.
     Em 1930 formou uma famosa dupla com Mário Reis, com quem gravou entre outras músicas FITA AMARELA e SE VOCÊ JURAR, em um total de 12 discos e 24 músicas juntos. 
     Fumava quase 2 maços de cigarro por dia, mas não bebia, adorava café. Possuia um cacoete de cuspir em seco, o que as más línguas diziam ser ele "econômico até na hora de cuspir", referencia essa a sua fama de "pão duro", "avarento". Mas, mesmo com tal "fama", Francisco Alves ajudou muita gente. Por exemplo, na Rádio Cajuti, onde possuiu um programa, lançou ninguém menos que Orlando Silva.
     Transferiu-se para a Victor em 1934, lançando vários discos por essa companhia até 1937, quando retornou para a Odeon. Nesse segundo período na Odeon, ficou até 1939, ano em que se transferiu para a Columbia. Por essa companhia, lançou alguns 78 rpm, até 1941, quando iniciou um terceiro período na Odeon, esse mais longo, durando até 1952, ano este em que se transferiu para a RCA, antiga Victor. Em sua época, foi o cantor que mais gravou no Brasil, em um total de 983 gravações, em 34 anos de carreira.  Nunca conheceu o ostracismo ou a decadência. Em todo o período de carreira conheceu o sucesso, sendo intitulado O REI DA VOZ. Emocionava a todos os que o viam cantar, inclusive os próprios músicos que o acompanhavam. Tamanha fama e sucesso foi causadora de uma verdadeira comoção no país, nunca vista antes, com a notícia de sua trágica morte em um desastre automobilístico, em 27 de setembro de 1952, aos 54 anos de idade, na Via Dutra, em Pindamonhangaba, na divisa com Taubaté, estado de São Paulo, quando em uma viagem de retorno ao RJ seu veículo foi violentamente atingido por um caminhão, que imprudentemente invadira a pista oposta. A colisão e a explosão foram inevitáveis. Francisco Alves morreu na hora, carbonizado. Ironicamente, ele evitava viajar de avião com pavor de morrer carbonizado da mesma maneira que aconteceu com Carlos Gardel, Foi o primeiro cortejo fúnebre em que foi utilizado um carro do corpo de Bombeiros. Mais de 1 milhão de pessoas acompanharam seu velório na Câmara Municipal e o enterro no cemitério São João Batista. Foi noticiado a época que a morte de Francisco Alves causou até o suicídio de um fã. Sobre a lápide, esculpido um violão de bronze e as seguintes palavras de seu parceiro Orestes Barbosa: 
     " Tu, só tu, madeira, sentirás toda a agonia do silêncio do cantor".
     Três anos após seu falecimento, chegou aos cinemas o filme CHICO VIOLA NÃO MORREU, com Cyl Farney no papel do cantor e depois disso várias biografias sobre a sua vida foram lançadas, preservando até hoje a vida e a obra desse grande artista. O Blog CULTURA CABESOUND não poderia ficar de fora dessa longa lista de homenagens merecidas, trazendo para essa página o LP OS GRANDES SUCESSOS DE FRANCISCO ALVES, com algumas gravações que cobriram o período em que o cantor esteve na Victor, entre 1934 e 1937 e em 1952 na RCA, curto período esse que foi interrompido com sua trágica morte. O repertório dessa coletânea está abaixo detalhado, acompanhado pela data de lançamento de cada canção. Mais um belíssimo presente para todos os amigos, que assim como eu são amantes da boa música de todos os tempos.


Músicas

Lado 1:

01- SERRA DA BOA ESPERANÇA (Lamartine Babo) - 24/09/1952
02- MISTERIOSO AMOR (Saint-Clair Senna) - 11/03/1937
03- É BOM PARAR (Rubens Soares) - 24/09/1952
04- SÓ NÓS DOIS NO SALÃO... E ESTA VALSA (Lamartine Babo) - 17/03/1937
05- GRAU DEZ (Ary Barroso - Lamartine Babo) - 16/10/1934
06- FOI ELA (Ary Barroso) - 24/09/1952

Lado 2

01- NA VIRADA DA MONTANHA (Lamartine Babo - Ary Barroso) - 27/08/1935)
02- CANÇÃO DO MEU AMOR (Saint-Clair Senna) - 11/03/1937
03- TUA PARTIDA (Pereira Filho - Mario Moraes) - 11/03/1937
04- A MULHER QUE FICOU NA TAÇA (Francisco Alves - Orestes Barbosa) - 24/09/1952
05- SOBE MEU BALÃO (Ary Barroso) - 15/05/1935
06- SEM ELA (Ary Barroso) - 23/12/1935
     
     
     
     
    
     
     

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Os Incríveis - Os Incríveis internacionais (RCA Victor - 1968)


          Download aqui

     Depois do grande sucesso do LP PARA OS JOVENS QUE AMAM BEATLES, ROLLING STONES E... OS INCRÍVEIS em 1967, um programa de TV de muito sucesso na TV Excelsior e músicas nos primeiros lugares das paradas brasileiras, OS INCRÍVEIS partiram para uma ambiciosa turnê internacional em 1968, passando pela Europa, América Central e Japão. Lançam nesse mesmo ano o LP OS INCRÍVEIS INTERNACIONAIS, cujo repertório é bem eclético, em sua grande maioria de regravações de sucessos internacionais, em versões em português, ou mesmo interpretados na língua original. 
     O Blog CULTURA CABESOUND trás para os amigos esse disco, com um resumo sobre as gravações originais de cada uma das faixas. Os vocais principais são em sua grande maioria interpretados por Mingo, exceção feita às faixas indicadas no texto:

 Lado 1:

 01- KNOCK ON WOOD - Composta e gravada originalmente por Eddie Floyd em 1966, no ano seguinte recebeu uma regravação de Otis Redding, de muito sucesso.  Interpretada em inglês, numa versão mais acelerada e dançante.
 
02- TE AMO (I LOVE YOU) - De autoria de Chris White, baixista do The Zombies, grupo este que fez a gravação original da canção em 1965, que alguns anos depois ganhou a versão em português, interpretada pelo grupo aqui, de autoria de Antonio Marcos. O baixista Nenê Benvenutti assumiu os vocais principais nessa faixa.
 
03- KOKORONO-NIJI (ARCO ÍRIS AZUL) - Gravada originalmente em compacto pelo grupo musical japonês Jackey Yoshikawa and his Blue Comets, no mesmo ano de 1968, é interpretada aqui parte no japonês original e parte em português, em versão composta pelos próprios OS INCRÍVEIS.

04- TIME IS ON MY SIDE - Composta originalmente em 1963 por Norman Meade, que na época usava o pseudônimo Jerry Ragovoy. A primeira gravação da canção foi instrumental, lançada naquele mesmo ano pelo trombonista de jazz Kai Winding e sua Orquestra. A canção recebeu letras adicionais de Jimmy Norman em 1964 e assim foi gravada pela cantora de Soul Irma Thomas. Mas a música ficou mundialmente conhecida na regravação dos Rolling Stones, naquele mesmo ano de 1964. É interpretada aqui em inglês. 
Obs: Na capa e no selo do disco, o título da canção é erradamente impresso com o título THIS IS ON MY SIDE.

05- MUNDO LOUCO (EVEN THE BAD TIMES ARE GOOD) - Composta pelos compositores e produtores musicais Ingleses Mitch Murray e Peter Callander, foi um grande sucesso em 1967, na gravação do grupo The Tremeloes, ganhando logo a seguir uma versão em português de George Freedman. É essa versão contida aqui.

06- CASTIGO - Originalmente um samba-canção, fez muito sucesso na gravação de sua compositora, Dolores Duran, em 1959. Aqui ganha um arranjo dançante, bem ao estilo das gravações de Cris Montez, repetindo a fórmula de sucesso de Molambo, outro grande sucesso da MPB que OS INCRÍVEIS regravaram em 1967 para o LP PARA OS JOVENS QUE AMAM OS BEATLES, ROLLING STONES E... OS INCRÍVEIS, também com o baixista Nenê Benvenutti nos vocais.

Lado 2:

07- PIRULITO - Composta por João de Barro e Alberto Ribeiro originalmente como uma marchinha para o carnaval de 1939, foi inspirada em um tema popular português e lançada primeiramente por Carmem Miranda e Almirante, no filme Banana da terra. Ganhou a primeira gravação em disco nas vozes de Nilton Paz e Emilinha Borba. A curiosidade da gravação fica com o multi-instrumentista Manito e sua imitação de criança, intercalada com os vocais de Mingo.

08- MENINA - Composta por Prini Lorez, que foi vocalista do grupo The Rebels e fez sucesso na Jovem guarda regravando e imitando o cantor norte americano Trini Lopez.

09- E SE NOS DISSEREM (E SE CI DIRANNO) - Grande sucesso italiano na voz de seu autor Luigi Tenco, em 1967, que recebeu versão em português de George Freedman, tal como Even the bad times are good.
 
10- I GOT YOU (I FEEL GOOD) - Composta originalmente por James Brown em 1962, foi intitulada inicialmente como I found you e gravada no mesmo ano por Yvonne Fair. Em 1964, o próprio James Brown a gravou, já com o título I got you (I feel good) e incluiu em seu LP Out of sight e fez dela um sucesso mundial. Aqui, quem assume os vocais é o baterista Netinho.

11- ISRAEL - Outro grande sucesso italiano. Composta por Franco Migliacci, Bruno Zambrini e Ruggero Cini, ficou célebre na gravação de Gianni Morandi em 1967. Recebeu no mesmo ano versão em português de Nazareno de Brito, gravada por Moacyr Franco, mesma versão aqui apresentada por OS INCRÍVEIS.

12- I LOVE YOU, TOKYO (TOKYO, EU TE AMO) - De autoria de Gossaku e Hakuyuki, foi um grande sucesso japonês em 1966, na gravação do grupo musical Akira Kurosawa & His Los Primos, que incorporou o bolero em seu estilo musical, influenciado por grupos musicais latinos, como o Trio Los Panchos. OS INCRÍVEIS interpretam essa canção no japonês original, como forma de agradecimento pelo grande sucesso das apresentações do grupo no país asiático.


        Então, trago aqui no BLOG CULTURA CABESOUND mais esse presente musical para todos os amigos que me dão a alegria de visitar essa humilde página, mas que é feita com muito carinho para todos aqueles que curtem a boa música mundial.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Cultura Cabesound, 7 anos

     No dia 23 de setembro de 2008, meio que despretensiosamente iniciei as atividades do Blog CULTURA CABESOUND, inspirado em tantos outros Blogs musicais que existiam na época e que me "abasteceram" com histórias e informações que até então eu não possuia. Perto de 90% desses Blogs que eu visitava na época hoje não existem mais, mas ficaram na minha memória e coração como inspiradores para que essa página aqui passasse também a buscar seu espaço no mundo virtual. 
     A idéia sempre foi a de compartilhar da minha coleção de discos e CD's raros e clássicos com todos os amigos.  O começo foi simples, o visual da página ainda era bem "tosco", mas já era um trabalho bem carinhoso e sincero. Com o tempo o conteúdo foi se aprimorando, o conhecimento geral foi aumentando e até consegui de maneira "autodidata" incluir várias mudanças visuais na página, que com certeza deram um toque cada vez mais original. E hoje CULTURA CABESOUND está aqui completando seu SÉTIMO ANIVERSÁRIO. 
     Hoje estou aqui para agradecer cada um dos internautas que nesses 7 anos visitam essa página. Não se enganem com o contador ao lado, pois essa página recebeu muito mais do que o número de visitantes mostrados aqui, até porquê essa contagem foi feita a partir de meados de 2010, dando assim uma diferença de quase 2 anos. Mas, o importante para mim não é o número de visitantes, mas saber que tenho seguidores fiéis e amigos. Mais uma vez muito obrigado a todos. E que eu possa estar aqui agradecendo à vocês ainda por muitos e muitos anos!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

The Pop's - Na base do iê, iê, iê (Equipe - 1966)


          Download aqui

     Mais um grande sucesso musical dos anos 60 tem seu espaço aqui no Blog CULTURA CABESOUND: THE POP'S.

      O grupo foi formado em 1963 por 3 estudantes da Escola Técnica Federal Celso Sucow da Fonseca, no bairro do Maracanã. Eram eles: Os irmãos Silvio e José Henrique Parada e Alípio F. Filho, o Pippo. Após vários encontros no pátio da escola para conversar sobre música e tocar violão, compraram novos instrumentos musicais e iniciaram carreira como um trio, com Silvio no baixo, Parada na bateria e Pippo na guitarra base. O nome do grupo surgiu por sugestão de um professor de inglês, como uma abreviatura para "Populares" e por ser um nome de fácil memorização. O trio THE POP'S se torna um quarteto, com a entrada de Waldemiro, o Mirinho, na guitarra solo. Com esta formação gravam um compacto pela RCA VICTOR, ainda em 1963.
     No ano seguinte, Mirinho deixa o grupo. Em seu lugar entra João Augusto Cesar, o J. Cesar, considerado a época "um dos mais perfeitos solistas de guitarra do Rio de Janeiro". Em uma apresentação no programa de José Messias na TV Continental, foram observados por Flávio Cavalcanti, que os convidou para participar também de seu programa, com o seguinte desafio: Tocar um pout-pourri instrumental de clássicos da música popular brasileira. O desafio foi aceito e a apresentação foi um grande sucesso.
     Em 1965, já contratados pela gravadora Equipe, lançam mais um compacto e se tornam o grupo dos acompanhamentos musicais do programa Tevêfone, apresentado por Mario Luiz, na TV Globo do RJ. Até então, THE POP'S não era considerado um grupo somente instrumental. Mas, o próprio Mario Luiz fez questão de explorar ainda mais o talento instrumental do grupo, considerando que cantando eles não eram tão bons, mas tocando eram afinados e harmoniosos. 
     O grande desafio era fazer de THE POP'S um sucesso musical apenas tocando, o que veio a se confirmar com o lançamento, em 1966, do primeiro LP, intitulado NA BASE DO IÊ IÊ IÊ, que ainda continha duas canções cantadas: SOLIDÃO e INSPIRAÇÃO, ambas de autoria de J. Cesar, mas que fez sucesso mesmo com as faixas instrumentais. Pout-Pourris de clássicos da MPB e de canções infantis se tornaram uma marca registrada do grupo desde então. Com o sucesso, THE POP'S passou a ser um dos grupos mais requisitados para shows e programas de rádio e TV, como por exemplo o JOVEM GUARDA, apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, na TV RECORD. O baterista Parada, com sua longa cabeleira se torna também um dos grandes atrativos para as fãs em cada apresentação do grupo. No fim do mesmo ano lançam outro grande sucesso: Um compacto duplo com temas natalinos, músicas de aniversário e uma belíssima versão instrumental de Ave Maria.
     Ainda com esta formação, lançam mais um LP de sucesso no ano seguinte. No início de 1968, J. Cesar deixa o grupo e dá lugar à Euclides Francisco de Paula Filho, o Euclides, que fez parte do conjunto Luizinho e Seus Dinamites. Mas esse é um capítulo que postarei em breve.
     NA BASE DO IÊ, IÊ, IÊ é o disco que apresento agora aqui no Blog. Os temas instrumentais que seriam a grande marca registrada do grupo THE POP'S,  que fizeram do grupo uma referência para tantos outros grupos instrumentais surgidos na década de 60, já estão em evidência nesse disco, executados com categoria ímpar. Para os amantes da boa música instrumental, está aqui mais um maravilhoso presente, oferecido pelo Blog CULTURA CABESOUND!

Dados do disco

Realização: Oswaldo Cadaxo
Coordenação: Toni Westane
Gravação: Stúdio CBS
Técnico: Eugênio P. de Carvalho
Corte da matriz: Laboratório Riosom
Técnico de som: T. Oliveira
Capa-Lay out: Mauricio

Músicas

Lado 1:

01- SELEÇÃO IÊ, IÊ, IÊ - EU SONHEI QUE TU ESTAVAS TÃO LINDA (L. Babo - F. Matoso) / MARIA (Ary Barroso - Luiz Peixoto) / LINDA FLOR (Luiz Peixoto - Henrique Vogeler) / SAUDADES DA BAHIA (Dorival Caymmi) / AI QUE SAUDADES DA AMÉLIA (Ataulfo Alves - Mario Lago) / CASINHA PEQUENINA (Folclore) / AS PASTORINHAS (João de Barro - Noel Rosa)
02- SOLIDÃO (J. Cesar)
03- ATRAVESSANDO "RIO WERSEY" (Jany Madson)
04- QUERO QUE VÁ TUDO PRO INFERNO (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
05- TE ESPERAREI (Ricky Gianco - Pieretti)
06- MEU SONHO (J. Cesar)

Lado 2:

01- HIT POPS (J. Cesar)
02- I NEED YOU (George Harrison)
03- CIRANDA IÊ, IÊ, IÊ - RODA PIÃO (Folclore) / TEREZINHA DE JESUS (Folclore) / CIRANDA CIRANDINHA (Folclore) / O CRAVO BRIGOU COM A ROSA (Folclore) / EU SOU POBRE, POBRE, POBRE (Folclore)
04- INSPIRAÇÃO (J. Cesar)
05- I'VE GOT SAND IN MY SHOES (Resnick - Young)
06- TROVOADA (J. Cesar)

domingo, 6 de setembro de 2015

Bert Kaempfert and His Orchestra - 6 Plus 6 (CBD/Polydor - 1973)


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     Apresento aqui no Blog CULTURA CABESOUND mais um maravilhoso disco do grande maestro e arranjador BERT KAEMPFERT e SUA ORQUESTRA. 
     Lançado em 1973, 6 PLUS 6 trouxe, além das maravilhosas canções autorais, que se tornaram marca registrada da sua obra fonográfica, boa parte já publicada aqui no Blog, apresenta também pensonalíssimos arranjos musicais para dois grandes clássicos da música mundial: NEVER MY LOVE, grande sucesso na gravação do grupo THE ASSOCIATION, e MY WAY, clássico da música francesa, que foi um grande sucesso com PAUL ANKA, autor da versão em inglês, e principalmente na voz de FRANK SINATRA. Mas, o grande destaque do disco, sem dúvida é o arranjo de THEME FROM "SHAFT", que recebeu elogios do próprio autor ISAAC HAYES, que considerou essa gravação melhor do que a original, feita pelo próprio HAYES.
     Aqui está então mais um grande disco de BERT KAEMPFERT e SUA ORQUESTRA, como presente para quem curte a boa música instrumental. Um verdadeiro deleite para todos os amigos do Blog CULTURA CABESOUND!

Dados do disco

Produced by: Milt Gabler
Engineer: Peter Klemt
Art Director: George Osaki
Photography and Design: Paul Bruhwiler, Inc
Recorded in Hamburg, Germany

Músicas

Lado 1:

01- Never my love (Addrisi - Addrisi)
02- Dino's melody (Kaempfert - Rehbein)
03- My way (J. Revaux - C. Francois - Gilles Thibault - Paul Anka)
04- Petula's song (Kaempfert - Rehbein)
05- A tune for Tony (Kaempfert - Rehbein)
06- At the rainbow's end (Kaempfert - Rehbein)

Lado 2:

01- Stoney end (Laura Nyro)
02- A song for Satch (Kaempfert - Rehbein)
03- Theme from "Shaft" (Hayes)
04- All i ever need is you (E. Reeves - J. Holiday)
05- Melancholy serenade (Gleason)
06- Tom's tune (Kaempfert - Rehbein)

sábado, 5 de setembro de 2015

A Turma da Pilantragem - O som da Pilantragem (CBD/Polydor - 1968)


          Download aqui

     No final dos anos 60, a Jovem Guarda estava em evidência no Brasil, com músicas ocupando os primeiros lugares das paradas de sucesso principalmente com Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. Mas Wilson Simonal, com suas gravações swingadas, em um gênero musical logo batizado de Pilantragem, "rivalizava" com a JG em matéria de sucesso nas paradas, vendas de discos, festas dançantes e bailes. Nomes como Carlos Imperial, Antonio Adolfo e Nonato Buzar também encabeçavam esse movimento, com novas composições e arranjos ultra dançantes e irreverentes para antigos clássicos da MPB. Nonato Buzar foi quem tirou do papel a idéia de formar A TURMA DA PILANTRAGEM. E, é este grande sucesso que ocupa nesse momento espaço aqui no Blog CULTURA CABESOUND.

    A pequena biografia a seguir foi retirada do DICIONÁRIO CRAVO ALBIN DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA:
     "Atuou no cenário artístico em 1968 e 1969. Foi idealizado e produzido por Nonato Buzar que, a partir de arranjos dançantes, especialmente swingados, pretendia divulgar para o público jovem os clássicos da música popular brasileira, como "Primavera" (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), grande sucesso do grupo.
     Em 1968, gravou o primeiro LP, "A Turma da Pilantragem", com a participação de Pedrinho Rodrigues, Cassiano, Edinho Trindade, Amaro, Camarão, Alda Regina, Nelsinho da Mangueira, Rui Felipe e Regininha.
    Em 1969, teve sua formação alterada, com a saída de Pedrinho Rodrigues, Cassiano, Amaro, Alda Regina, Nelsinho da Mangueira e Rui Felipe, e a incorporação de Zé Roberto Bertrami (piano), Alexandre Malheiros (baixo), Vitor Manga (bateria), Fredera (guitarra), Márcio Montarroyos (trompete), Ion (sax), Raul de Souza (trombone), Tartaruguinha (percussão), Dorinha Tapajós (vocal) e Málu Ballona (vocal), que se juntaram a Edinho Trindade (vocal), Camarão (vocal) e Regininha (vocal), sua formação definitiva. Nesse mesmo ano, lançou os LPs "A Turma da Pilantragem" e "A Turma da Pilantragem Internacional". Apresentou-se em vários programas de televisão e em shows por diversas cidades brasileiras.
     Em 1970, o grupo se dissolveu, e as três cantoras (Regininha, Dorinha Tapajós e Málu Ballona) formaram o trio Umas e Outras."

     O grande idealizador de A TURMA DA PILANTRAGEM, sem sombra de dúvida foi Nonato Buzar, nascido em Itapicuru, Maranhão, em 26 de Agosto de 1932. Mas, a princípio, Buzar não acreditava que aquela idéia de Carlos Imperial - a dos sambas tocados no compasso 4/4, inspirados nas gravações de Chris Montez arranjadas por Herb Albert - daria certo. A descrença na idéia era tanta que Buzar aceitou vender sua parte na parceria da música CARANGO à Imperial por "100 contos". Mas, Imperial o convenceu de que alí era o início de uma "mina de ouro", o que logo se confirmou com o grande sucesso da canção nas paradas, tanto na gravação de Erasmo Carlos, mas principalmente com a gravação de Wilson Simonal. Daí então, Buzar compôs várias outras canções de sucesso e passou a ser um dos grandes pilares do movimento Pilantragem e decidiu montar seu próprio grupo musical. Daí a origem de A TURMA DA PILANTRAGEM.
     Depois de A TURMA DA PILANTRAGEM, Buzar foi produtor musical das gravadoras Polygram e RCA Victor e logo depois morou na França, onde formou a banda Nonato Buzar e o País tropical, apresentando-se em shows e gravando o disco "Via Paris".
     Nonato Buzar faleceu aos 81 anos, em 02 de fevereiro de 2014.
     Como forma de celebrar um pouco da obra do grande Nonato Buzar, é que o Blog CULTURA CABESOUND trás aqui esse O SOM DA PILANTRAGEM, que foi o primeiro LP de A TURMA DA PILANTRAGEM, lançado em 1968, disco feito para dançar ao som de grandes clássicos da MPB, com arranjos pra lá de descontraídos. Mais um grande presente que ofereço à todos que visitam o Blog. É para curtir muito!

Dados do disco

Coordenação Artística: Armando Pittigliani
Direção Musical: Nonato Buzar
Arranjos Vocais: Severino Filho
Capa / Lay-Out: Beatriz

Músicas

Lado 1:

01- NÃO TENHO LÁGRIMAS (Max Bulhões - Milton de Oliveira) / ELA É DEMAIS (Carlos Imperial) / TRISTEZA QUE DÓI (Nonato Buzar)
02- DE COMO UM GAROTO... "LÁ VEM ELA" (Nonato Buzar - Chico Anízio - Wilson Simonal) / DÁ NELA, SAUDADE (Carlos Imperial - Adilson Silva) 
03- PEIXE VIVO (D.P) / LAPINHA (Baden Powell - Paulo Cezar Pinheiro) / UNI-DUNI-TÊ (Nonato Buzar - Chico Feitosa) / MARGARIDA (Gutemberg Guarabyra)
04- KALÚ (Humberto Teixeira)
05- LATA D'ÁGUA (Luiz Antonio - Jota Jr) / RISQUE (Ary Barroso)
06- PROCISSÃO (Gilberto Gil) / DEIXA QUEM QUISER FALAR (Nonato Buzar - Wilson Simonal) / YES, NÓS TEMOS BANANA (João de Barro - Alberto Ribeiro)
07- ESTAMOS AÍ (Mauricio Einborn - Durval Ferreira - Regina Werneck) / BALANÇO ZONA SUL (Tito Madi)

Lado 2:

01- NÓS E O MAR (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli) / O CANTADOR (Dori Caymmi - Nelson Motta) / SÁ MARINA (Antonio Adolfo - Tibério Gaspar) 
02- DÓ RÉ MÍ (Fernando Cesar) / PRIMAVERA (Carlos Lyra - Vinicius de Moraes) / GOSTO QUE ME ENROSCO (Sinhô)
03- MANIFESTO (Guto - Mariozinho Rocha) / SAMBOU... SAMBOU (João Mello - João Donato) / O PASSARINHO (Chico Feitosa - Fernando Freire)
04- PASSARINHO DA LAGOA (Evaldo Ruy - Fernando Lobo) / PONTEIO (Edu Lobo - Capinam) / UPA, NEGRINHO (Edu Lobo - G. Guarnieri)
05- A BANDA (Chico Buarque de Hollanda) / SÓ DANÇO SAMBA (Antonio Carlos Jobim - Vinicius de Moraes) / VIOLA ENLUARADA (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle)
06- VESTI AZUL (Nonato Buzar) / ONOCÊ ONÊ KONÔ (Allan - Alex) / MARACANGALHA (Dorival Caymmi).